Os projetos portuários atraídos para o entorno da Baía de Sepetiba dependem de investimentos públicos em acesso marítimo e terrestre para serem economicamente viáveis.
Os governos estadual e federal estão se movimentando, mas a morosidade do setor público preocupa especialistas.
— Não faltam obstáculos burocráticos para atrasar os projetos — afirma Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP).
O acesso marítimo é o principal gargalo. No ano passado, 1.023 navios circularam na Baía de Sepetiba, volume que deverá dobrar em sete anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH).
A Companhia Docas do Rio iniciou neste ano as obras de dragagem para alargar o canal de acesso à baía. O presidente de Docas, Jorge Luiz de Mello, admite, no entanto, que a medida poderá não ser suficiente.
— O canal permanecerá limitado à navegação de um navio por vez.
Como a quantidade de navios na baía tende a crescer muito, poderemos precisar dobrar o canal — afirma Mello.
No acesso terrestre, a Rodovia Rio-Santos passa por obras de duplicação, mas o principal projeto rodoviário para a região é o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. Segundo o governo do estado, as obras seguem dentro do prazo estipulado, e o arco deverá ser concluído até meados de 2010, quando ligará a Avenida Washington Luis ao Porto de Itaguaí.
A MRS Logística, única ferrovia que acessa a região, inseriu em seu plano de negócios, em diferentes cenários, todos os portos planejados, segundo o presidente da empresa, Julio Fontana Neto. Ele afirma que a ferrovia se tornará, com os novos portos, o maior corredor de cargas do país.
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