Áreas degradadas das encostas do Rio Madeira serão arborizadas e ações de educação ambiental serão destinadas a quem visita ou trabalha ao longo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O projeto foi lançado neste domingo pelo governo de Rondônia, para promover a revitalização cultural e histórica da ferrovia.
– Com ações contínuas, a equipe de educação ambiental vai sensibilizar os empreendedores, além de implantar uma coleta seletiva eficiente, firmando parcerias com as associações de catadores – afirma o secretário Cletho Muniz de Brito.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi construída entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual estado de Rondônia. Acabou conhecida como Ferrovia do Diabo por contra das milhares de mortes de trabalhadores ocorridas durante a sua construção devido às doenças tropicais. Sob cada um de seus dormentes, dizia o povo, existia um cadáver.
Cerca de 6 mil trabalhadores morreram nas frentes de trabalho em naufrágios, afogamentos, picadas de animais e outras doenças como malaria, febre amarela, febre tifóide, tuberculose, beribéri, além do confronto com índios.
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma das últimas linhas de trem a vapor no Brasil e a única na Amazônia.
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