O leitor do PortoGente sabe da burocracia reinante no planejamento da logística no Brasil. Autoridades, especialistas e empresários clamam por mais eficiência no transporte de cargas, mas pouco é feito para mudar esse quadro. E um triste exemplo vem do Porto Fluvial de Presidente Epitácio (SP), reconstruído após nove anos de paralisação e que não recebe grande quantidade de cargas por conta de divergências com a ALL, concessionária de parte do modal ferroviário paulista.
O diretor da Administração do Terminal Portuário de Presidente Epitácio (Ateppe), Adenir Marcos de Melo, esteve na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e entregou um manifesto ao presidente da entidade, Paulo Skaf, ao diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Noboru Ofugi, e ao diretor financeiro da própria ALL, Sérgio Pedreiro. O pedido para os três foi o mesmo: uma drástica redução no custo do frete para utilização da linha ferroviária.
À reportagem, Adenir explicou que as taxas cobradas atualmente pela ALL não estimulam nenhum empresário a escoar cargas a partir do Porto de Presidente Epitácio por meio do modal ferroviário. Assim, a saída é usar as rodovias Raposo Tavares (SP-270) e BR-267, que cortam a região. No entanto, a vantagem oferecida por Presidente Epitácio é justamente a proximidade do porto às linhas férreas.
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