A IBM inaugurou na quinta-feira (11/06) em Pequim o seu primeiro centro de inovação em ferrovias, visando abocanhar parte de um mercado que movimenta 731 bilhões de dólares na China.
Os produtos e serviços desenvolvidos no centro para a China também poderão ser aplicados em mercados ao redor do mundo, disse o diretor do Global Rail Innovation Centre, Keith Dierkx.
“Se conseguimos vender para a China, tudo fica mais fácil”, disse o executivo.
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A companhia está trabalhando em conjunto com o Ministério de Ferrovias chinês em projetos que lidam com a otimização do sistema, vigilância por vídeo digital e programas de administração de ativos, explicou Dierkx, acrescentando que a esperança da IBM é que esse papel inicial de consultor evolua para outras oportunidades comerciais.
Os investimentos planejados pela China para os próximos dois anos podem formar mais da metade do total do mercado mundial de equipamentos ferroviários, que em grande parte consiste em vagões, segundo a consultora McKinsey & Co.
A IBM encomendou há dois anos um relatório sobre ferrovias, após investidores como Warren Buffett injetarem capital em empresas como a Northern Santa Fe Corp e a Union Pacific Corp, e sabia que “algo iria acontecer” no setor, esclareceu Dierkx.
Ferrovias não eram consideradas um bom investimento há muito tempo, mas agora os investidores perceberam que elas podem aliviar os congestionamentos no trânsito urbano, além de facilitar o uso eficiente de combustíveis e a redução na emissão de gases do efeito estufa.
A IBM informou em março que a Netherlands Railways, na Holanda, estava usando seus produtos para sincronizar os horários de mais de 4.800 trens por dia com as previsões de tráfego de passageiros em todo o sistema.
Por sua parte, a China planeja desembolsar 731 bilhões de dólares até 2020, aumentando sua já gigantesca rede ferroviária em mais 41 mil quilômetros, enquanto o governo busca estimular a demanda local e aliviar o peso em uma sistema ferroviário que já está sobrecarregado.
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