Com capacidade anual instalada para fabricar 12 mil vagões, 400 carros de passageiros e 32 locomotivas leves, o setor metroferroviário fechou os dez primeiros meses de 2007 com uma produção de 709 vagões e 229 carros de passageiros. No mesmo período do ano passado, a indústria fabricou 3.449 vagões e 89 carros de passageiros (incluindo 43 caixas).
A diretoria do SIMEFRE – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários acredita que a indústria deverá fechar o exercício em torno de 1.200 vagões, 253 carros de passageiros e 30 locomotivas. No ano anterior, o setor fabricou 3.589 vagões e 113 carros de passageiros. É importante registrar que, a exemplo dos três últimos anos, as linhas de montagens do setor de passageiros mantiveram-se ativas graças às encomendas do mercado externo.
A queda no volume de vagões novos já era prevista pelo setor, uma vez que, nos últimos quatro anos, o mercado foi extremamente aquecido.
Perspectivas para 2008
A diretoria do SIMEFRE acredita que o bom desempenho do setor de transporte de carga pesada, entre os quais estariam os minérios, grãos, carga geral e construção civil, deve alavancar as vendas de vagões no próximo ano. “É provável que o setor feche o exercício com um volume da ordem de 3.500 vagões, o que significaria voltar aos níveis de 2006”, diz o diretor-executivo da entidade, Francisco Petrini.
Vendas Mercado Interno – De janeiro a outubro de 2007, as vendas domésticas do setor ferroviário de carga foram responsáveis por 659 vagões, contra 3.374 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado. A exemplo dos anos anteriores (2004, 2005 e 2006), o segmento de passageiros está encerrando o exercício sem registrar vendas para o mercado interno.
Exportações – Durante os dez primeiros meses de 2007, as vendas externas do setor ferroviário fecharam na casa dos 50 vagões e 299 carros de passageiros. De Janeiro a outubro de 2006, as exportações somaram 75 vagões e 89 carros de passageiros.
A diretoria do SIMEFRE está bastante otimista sobre o comportamento do mercado de passageiros nos próximos anos, pois está apostando na reativação de projetos parados, concretização de novos através de PPPs e obtenção de linhas favoráveis de financiamento para implementação de projetos metro-ferroviário.
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