Mitsui faz aposta ousada em energia

Na contramão de grandes grupos internacionais, que estão batendo em retirada do setor energético brasileiro, a Mitsui Brasileira está com apetite. A subsidiária da gigante trading japonesa Mitsui tem planos ambiciosos na área de gás, termoeletricidade e energia eólica e também pretende investir em exportação de etanol para o mercado japonês.


A empresa concluiu em maio, por US$ 250 milhões, a compra da Gaspart, empresa pertencente ao grupo Enron que detinha participações em sete distribuidoras de gás canalizado no Brasil. Decidir sobre investimentos é mais difícil do que simplesmente financiar, mas essa é a determinação da matriz, afirmou ao Valor Takao Omae, presidente da Mitsui Brasileira.


A maior parte dos investimentos energéticos tem sido discutida com a Petrobras. Um dos principais projetos é o que prevê a construção de um terminal que receberá gás natural liquefeito (GNL) importado por navios. Esta unidade, cujo investimento estimado é de US$ 1 bilhão, servirá como alternativa ao abastecimento interno de gás, que hoje é importado da Bolívia. O terminal deve ser construído na região Nordeste. A Petrobras e o governo brasileiro têm capacidade de lidar com a questão boliviana, mas nossa expectativa é que a estatal desenvolva alternativas, disse Omae.


Outra aposta da Mitsui é o desenvolvimento de projeto para exportação de etanol para o Japão. As vendas externas desse combustível ainda são modestas, porque não há infra-estrutura adequada. Não há vagões para cargas líquidas e a malha ferroviária é deficiente. No ano passado, a empresa exportou 2 milhões de quilolitros de etanol para o mercado japonês. Recentemente, a empresa, em conjunto com a Petrobras e a Cia. Vale do Rio Doce – outra tradicional parceira – assinou um memorando para estudar a viabilidade de aumento da produção e escoamento do álcool combustível para países que buscam alternativas aos derivados de petróleo.


Em maio também foi concluído o financiamento à Petrobras de US$ 900 milhões para a modernização da Refinaria Henrique Lage (Revap) em São José dos Campos (SP). Liderado pela Mitsui, o empréstimo foi concedido por um pool de bancos japoneses como o Commercial Bank, o JBIC (agência de fomento) e o grupo Itochu.


Ainda na área de energia, Omae disse acreditar no potencial brasileiro para geração de energia termoelétrica a gás e eólica no médio prazo. O que restringe investimentos pesados nesses nichos é a falta de estabilidade regulatória. Nos Estados Unidos, por exemplo, a empresa já possui um parque eólico.


O Brasil é o segundo maior pólo de investimentos da Mitsui. O país está à frente de China e Indonésia na lista de prioridades dos próximos anos. Na Rússia, onde estão os maiores aportes, ela participa do gigantesco projeto de GNL Sakhalin-2, que deverá entrar em operação no ano que vem e exigirá investimentos de US$ 20 bilhões. Só o grupo japonês deve injetar US$ 5 bilhões na empreitada. Sakhalin-2 tem ainda como sócios a Shell e Mitsubishi.


A Mitsui quer estabelecer novas parcerias no país, nos mesmos moldes da que mantém com a Petrobras e outros grupos de peso como Vale, Votorantim e Camargo Corrêa. Ela pretende desenvolver seus outros nichos de negócio: logística, agronegócios e transportes urbanos. As operações brasileiras representam entre 7% e 8% do faturamento da companhia. No ano fiscal de 2006 encerrado em 31 de março, a empresa teve faturamento de 4,1 trilhões de ienes (equivalentes a US$ 36,3 bilhões). Presente no país desde a década de 1960, os investimentos e financiamentos no país somam cerca de US$ 2 bilhões.


Com a MRC Serviços Ferroviários e Participações, braço de investimentos em ferrovias, a Mitsui pretende ampliar sua atuação em terminais de carga, portos e em armazéns ao longo das linhas. Hoje, a principal atividade da MRC é a locação de vagões para operadores, como a ALL Logística. A Mitsui também estuda – há anos – o modelo de construção de uma linha ferrovi

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Fonte: Valor Econômico

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