A MRS Logística, que controla linhas férreas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, deverá ter um desempenho em 2009 semelhante ao do país: receita tendendo a repetir a do ano anterior, com possibilidade de queda ou aumento de até 2%. No ano passado, a empresa teve receita líquida de R$ 2,9 bilhões, um aumento de 36% em relação a 2007. A crise afetou o nosso carro chefe, que é o setor minero-siderúrgico e este ano os indicadores que temos é que vamos obter resultados semelhantes aos de 2008, em termos financeiros, previu ontem o diretor comercial da empresa, Walter Luiz de Souza.
De acordo com Walter Luiz, um primeiro sinal de que o resultado de 2009 ficará próximo ao de 2008 foi o lucro líquido do primeiro trimestre, de R$ 100 milhões. No ano passado, a empresa teve lucro de R$ 663,2 milhões. Em termos proporcionais, houve redução de 50% na margem. O executivo afirmou que as circunstâncias de crise fizeram com que a MRS se tornasse mais rígida na negociação com clientes. A MRS não faz investimentos para produção de infraestrutura sem ter garantias contratuais de retorno em caso de frustração de demanda. Precisamos da reciprocidade na aplicação.
O executivo afirmou que há mais rigor na negociação com fornecedores. Não estamos cancelando pedidos, mas negociando postergações. O diretor da MRS ressalvou, contudo, que este não é o caso da compra de 65 locomotivas da General Electric, contrato do ano passado que começou a ser cumprido, com a entrega de 30 locomotivas este ano. Nós vamos cumprir o cronograma estabelecido. Este contrato tem sanções duras em caso de não cumprimento de seus termos. Centrada no atendimento do setor mineral e siderúrgico, a empresa busca diversificar. Na semana passada foi transportada a primeira carga de cimento da CSN.
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