França se organiza para levar contrato do TAV

Um grupo de representantes de bancos, de empresas e do governo francês passou a semana passada visitando figuras-chave do projeto do trem-bala em Brasília e no BNDES, a fim de buscar mais informações sobre o projeto e demonstrar que o país com a maior tradição em alta velocidade sobre trilhos está organizado para levar o contrato. Já chamado “time de France”, numa alusão arriscada ao desempenho francês quando enfrenta o Brasil no futebol, o grupo é liderado pela Alstom e trouxe a reboque empresas de engenharia, o operador do sistema ferroviário francês, bancos como o PNB Paribas e Société Générale, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e representando o governo, a ministra do comércio exterior, Anne-Marie Idrac.


O principal motivo de otimismo compartilhado pelo grupo é a impressão de que o governo brasileiro está disposto a pôr a mão no bolso para fazer o trem-bala andar. Segundo o presidente da Alstom no Brasil, Philippe Delleur, em nenhum lugar do mundo a operação de um trem de alta velocidade é viável sem o aporte de dinheiro público. Na França, contra, depois de mais de três décadas de operação apenas recentemente um pequeno trecho do TGV foi entregue à iniciativa privada, ainda assim em condições muito estritas. No Brasil, diz Delleur, o projeto pode ser viável mesmo se realizado em concessão à iniciativa privada e na forma de uma Parceria Público Privada (PPP), como quer o governo, mas para isso será preciso uma grande parcela de dinheiro público – numa proporção que o executivo ainda não arrisca prever.


Da sua peregrinação por Brasília, Philippe Delleur trouxe algumas novidades sobre o avanço da proposta. Uma delas é que deverá haver algum tipo de divisão de tarefas no financiamento do empreendimento: os fornecedores internacionais dos trens e equipamentos deverão trazer dinheiro de casa, e o governo brasileiro, via BNDES, BID ou Bird, ajuda as empresas responsáveis pela obra. O custo da construção do projeto brasileiro deverá ser particularmente caro, consumindo cerca de 80% do investimento, devido ao relevo do traçado. Além de bancos privados franceses, o presidente da Alstom diz que deverá haver alguma participação da Agência Francesa de Desenvolvimento, que tem uma linha própria para países em desenvolvimento.


Outra mudança na proposta foi a revisão da idéia de fatiar em dez lotes a execução das obras de construção civil — agora, o consórcio vencedor assumirá integralmente a construção da obra. Segundo o executivo da Alstom, a divisão da obra entre vários construtores nunca foi testada na construção de projetos de alta velocidade e poderia trazer dificuldades técnicas.


Delleur diz que a Alstom está preparada para entrar como sócia no consórcio que vai operar o trem-bala, como quer o governo, se isso for necessário para viabilizar o projeto. Ainda não há definição sobre o grupo que será montado pela Alstom, mas o executivo diz conversar com alguns parceiros tradicionais da empresa no setor de construção no Brasil, como Odebrecht e Camargo Corrêa. Uma empresa que deverá necessariamente fazer parte do projeto é a SNCF, operador do sistema ferroviário francês, e assumira o trem brasileiro caso o consórcio saia vencedor.


Até o ano passado responsável pela divisão da Alstom para África, Oriente Médio e Sul da Europa, Phillipe Delleur tem no currículo dois contratos de alta velocidade: um no Marrocos, em execução, e uma linha de mais de 400 km na Arábia Saudita, que deve sair este ano. No Brasil, ele chegou em 1994 como chefe da missão econômica da embaixada francesa e foi responsável por intermediar a chegada e boa parte das multinacionais francesas que vieram Brasil após o plano Real. Em 1998 e 1999, em meio à crise cambial, administrou os humores dos investidores e tentou garantir a continuidade das operações e do crédito das empresas ao país.

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Fonte: Valor Econômico

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