Arcelor quer 50% do mercado de trilhos

A Arcelor, segundo maior grupo siderúrgico do mundo, tem planos de ganhar espaço no fornecimento de trilhos para ferrovias no Brasil, disputando terreno com empresas da República Tcheca, Polônia, Alemanha, Japão e Estados Unidos. Em 2005, a Arcelor venderá 25 mil toneladas de trilhos no país, volume que representará cerca de 30% da demanda total, estimada em 80 mil toneladas. `Aspiramos deter 50% do mercado brasileiro em um ano`, diz Gerardo Alvarez-Uría, diretor comercial da área de ferrovias da Arcelor.

Ao avançar no Brasil no segmento de trilhos, a Arcelor enfrenta a concorrência de outros fabricantes, entre os quais a alemã Voestalpine. Vários deles participam da 8ª Conferência Internacional de Ferrovias de Transporte de Carga Pesada, que termina hoje no Riocentro. A disputa dos fabricantes estrangeiros pelo mercado brasileiro, o maior demandante do produto na América do Sul, se explica pelo fato de o Brasil ter abandonado totalmente a produção de trilhos há dez anos. Em 1995, por falta de demanda, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), única fornecedora do insumo no país, encerrou a produção.

Os trilhos passaram a ser 100% importados. A maior compradora do produto no país é a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que neste ano deverá adquirir 60 mil toneladas do produto, volume 33% maior do que as 45 mil toneladas compradas em 2004. A Vale usa os trilhos na manutenção e expansão de sua malha, que totaliza 8.870 quilômetros, equivalente a 30% do sistema ferroviário brasileiro. No total, as ferrovias no país somam 28.645 quilômetros.

Ângelo Silva, gerente geral de engenharia da Vale, diz que nos próximos anos haverá expansão de 90 a 100 quilômetros na Estrada de Ferro Carajás (EFC), que hoje tem 892 quilômetros. `Focamos as compras no ciclo de vida útil do trilho, usando aqueles com resistência maior para as curvas, e trilhos de carbono para as tangentes`.

A Vale também compra trilhos para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e para a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), suas outras duas ferrovias. A Arcelor fornece trilhos microligados para a mineradora. O diretor comercial da área de ferrovias da Arcelor diz que o grupo foca sua atuação em vender trilhos de melhor qualidade. `Não concorremos em preço mas em qualidade`, avisa. O trilho situa-se na faixa de US$ 800 por tonelada.

Segundo Alvarez-Uría, em 2005 a Arcelor terá um crescimento de 150% sobre as 10 mil toneladas de trilhos vendidas no Brasil no ano passado. `Será o ano que vamos consolidar nossa presença no Brasil`, aposta o executivo. Ele entende que os novos projetos de ferrovias no país, como a construção da Norte-Sul, poderão elevar a demanda por trilhos para um patamar entre 150 mil e 200 mil toneladas por ano, já a partir de 2006. A dúvida é saber se haverá demanda firme, sustentável, dali para frente.

Essa incerteza é um dos principais obstáculos para a retomada da produção de trilhos no Brasil. A produção de trilho exige alto nível tecnológico e grandes investimentos que ainda não se justificam no Brasil. A unidade da Arcelor, em Gijón, em Astúrias, na Espanha, tem capacidade de produzir 300 mil toneladas/ano de trilhos, sendo um terço vendido no mercado espanhol e o resto exportado.

Mauro Dias, diretor comercial de logística da Vale, avalia que caso algum fabricante decida produzir trilhos no Brasil terá que pensar também em exportar. `Alguns equipamentos ferroviários precisam de escala para serem eficientes e muitas vezes não adianta produzir em muitos lugares`, disse.

Roland Eder, vice-presidente de vendas da Voestalpine, considera que a demanda por trilhos na América do Sul ainda é pequena para justificar o investimento em uma fábrica na região. A Voestalpine tem duas unidades de produção de trilhos: uma na Áustria, com capacidade de 350 mil toneladas/ano, e outra na Alemanha, com capacidade de 270 mil toneladas anuais.

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Fonte: Valor Econômico

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