A Anglo American já cogita ampliar seus projetos de minério de ferro no Brasil, como forma de alcançar a meta mundial de produção de 150 milhões de toneladas anuais em 2017. O presidente da Anglo Ferrous Brazil – nova denominação da antiga IronX, comprada neste mês da MMX -, Bernie Pryor, afirmou ainda que parte da meta será alcançada através de aquisições ao redor do mundo.
Atualmente a Anglo American tem três grandes projetos de minério de ferro: Kumba, na Africa do Sul, com capacidade de produção de até 30 milhões de toneladas por ano, e os dois projetos comprados da MMX: o Minas-Rio, que terá capacidade de produzir 26,6 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e entrará em operação em 2010, e o Sistema Amapá, que começou a produzir em dezembro do ano passado e tem capacidade máxima de 6 milhões de toneladas por ano.
Embora não dê indicações sobre a capacidade total que o Minas-Rio pode atingir, Pryor admite futuras expansões entre 2010 e 2017. “Apesar de não termos o potencial final desenvolvido, pensamos em expandir significativamente o Minas-Rio, que pode facilmente dobrar a produção”, disse.
O executivo ressaltou ainda que oferta pública de aquisição das ações dos minoritários da Anglo Ferrous deverá ser feita até o próximo dia 5 de setembro e reforçou que os acionistas terão direito a tag along de 100%.
Pryor minimizou ainda as recentes acusações envolvendo Eike Batista, controlador da MMX, e confirmou que o brasileiro seguirá na presidência do Conselho de Administração da Anglo Ferrous. “Nada mudou. Estamos confortáveis com ele como chairman”, reforçou.
A Anglo fechou no dia 5 de agosto a aquisição do Minas-Rio e do projeto Amapá por US$ 5,5 bilhões. Com investimento de US$ 3 bilhões, o Minas-Rio está em fase de licenciamento e obras, com a licença de instalação já garantida para o porto e o mineroduto. No Amapá, o projeto começou a operar em dezembro, depois de investimentos de US$ 357 milhões, e compreende mina, ferrovia e porto.
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