As ferrovias de carga do país fecharam 2007 com a produção recorde de 257,4 bilhões de TKU, com aumento de 10,8% em relação a 2006 e 104,5% maior que os 137,2 bilhões de TKU de 1997, primeiro ano após as concessões da malha ferroviária do Brasil. Para 2008, a expectativa é manter o ritmo e crescer 9%, subindo a produção para cerca de 280,6 bilhões de TKU. “A projeção para este ano pode ser considerada até conservadora”, afirma o diretor-executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça. Ele se refere ao aumento no percentual de crescimento anual, que subiu de 5,8% em média, entre 1997 e 2006, para 11% este ano.
Os investimentos das operadoras e o crescimento da demanda pelo transporte sobre trilhos foram os principais fatores para os bons resultados de 2007, na opinião de Vilaça. Entre 1997 e 2007, as operadoras privadas investiram juntas um total de R$ 14,4 bilhões em melhorias e aquisições de material rodante, novas tecnologias, capacitação de pessoal, entre outros. Em 2008 os planos são de aplicar R$ 2,585 bilhões, perto, portanto, dos R$ 2,597 bilhões do ano passado. Grande parte deste volume foi direcionada para a reforma de material rodante, já que em 1997 as concessionárias se depararam com um quadro desolador: 42% da frota de vagões estava sucateada e 30% das locomotivas se encontravam mal conservadas. Com a frota renovada, diminuíram os acidentes, cujo índice de por milhão de trens.quilômetros caiu de 75,5 em 1997 para 14,4 em 2007, uma melhoria de 80,9%.
Para o presidente do Conselho da ANTF, Julio Fontana Neto, as operadoras vêm experimentando uma maior diversificação de cargas transportadas. O crescimento no transporte de contêineres – de 3.459 TEU em 1997 para 220.050 TEU no passado é um indicativo desta mudança. “Atualmente as ferrovias operam desde mercadorias refrigeradas até itens delicados, como vidro”, afirma Julio Fontana.
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