Paraguai e Ferroeste têm projeto de exportação

As exportações do Paraguai através do Porto de Paranaguá serão reativadas por um grupo de cooperativas, empresas privadas e exportadores de pequeno e médio porte graças a um acordo firmado com a Ferroeste. O chamado “Projeto Cascavel” está em fase final de análise pela Receita Federal. “Na prática estamos voltando a operar no Brasil”, afirmou o produtor Ivo Pigosso, tesoureiro da Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop).


O acordo envolve a Ferroeste; o porto seco localizado no Terminal da Ferroeste em Cascavel, administrado pela Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná); a Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos); o Ministério da Agricultura; e a Receita Federal.  Através da operação, a Receita ampliará a área alfandegada do porto seco para abranger as instalações de transbordo caminhão-vagão da Ferroeste.


O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes – que participou nesse sábado, 16, da maior feira agroindustrial do Paraguai, a Expo Santa Rita, no Departamento de Alto Paraná – explicou que os exportadores e importadores paraguaios “vão utilizar o porto seco instalado no terminal ferroviário de Cascavel para as operações de desembaraço aduaneiro”. Segundo Samuel Gomes: “Estamos trazendo o Paraguai de volta ao seu porto natural, o porto de Paranaguá, através da oferta de uma logística com custo mais atraente que as alternativas atuais pela Argentina e Uruguai”.


O coordenador do grupo de investidores paraguaios, Raúl Valdez, disse que os produtores vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, inclusive para o mercado interno brasileiro, e também para importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. A ferrovia, segundo ele, vai baratear os custos de transporte das cargas paraguaias. O grupo é formado por cooperativas e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Companhia Dekalpar e Trebol Agrícola.


Porto de Paranaguá


“É a volta dos produtos do Paraguai ao Porto de Paranaguá”, comemora Valdez. De acordo com os empresários, 95% das exportações do Paraguai, país mediterrâneo, são feitas atualmente através do porto fluvial de Nova Palmira, no Uruguai (a maior parte), e também por Rosário, na Argentina.


De acordo com Valdez, a produção do grupo paraguaio virá de caminhão do país vizinho até o porto seco, no Terminal da Ferroeste em Cascavel. Depois de classificada e desembaraçada, a carga seguirá em vagões até o Porto de Paranaguá. Para o empresário, a logística permitirá ao consórcio de pequenos e médios produtores e cooperativas paraguaias reativar as exportações “principalmente de soja e milho”.


Para o coordenador da unidade de relações internacionais da Administración Nacional de Navegación e Puertos (ANNP) do Paraguai, no Brasil, Luis Rafael Rabery, responsável pelo entreposto do Paraguai no Porto de Paranaguá, “Serão feitas ‘operações casadas’ de exportação de grãos e de importação de fertilizantes e calcário”, adiantou. 


O diretor de desenvolvimento empresarial do Porto de Paranaguá, Luiz Alberto de Paula César, ressalta a importância do acordo para aprofundar a relação do Brasil com o mercado paraguaio.


Porto seco


O porto seco de Cascavel funciona em área cedida pela Ferroeste, onde a Receita Federal, a Claspar e o Ministério da Agricultura, em conjunto com a Codapar, fazem o desembaraço das exportações na região.


À medida que o transbordo em Cascavel for sendo implementado, estima-se, já em 2009, uma movimentação de 200 mil toneladas de grãos do Paraguai com destino a Paranaguá. Em 2010, o volume deve chegar a 400 mil t/ano. Segundo Ivo Pigosso, que é produtor rural no município de Santa Rita, Departamento de Alto Paraná, esse número poderá chegar, em breve, a 800 mil t/ano.


Pigosso informa que a Unicoop detém 40% da produção paraguaia de grãos, sendo 2 milhões t/ano de soja, 1,2 milhão t/ano de milho e 300 mil t/ano de trigo. A Unicoop reúne oito cooperativas e 16 mil associados que produzem 3,5 milhões de t/ de grãos por ano no Paraguai. Quando os exportadores paraguaios já integrados ao “Projeto Cascavel” estiverem operando plenamente no porto seco, a movimentação de cargas pela estrada de ferro da Ferroeste terá um incremento de 100% sobre os atuais 1,8 milhões de toneladas úteis/ano.    


Corredor bioceânico


A concretização do projeto dos investidores paraguaios e da Ferroeste é também um grande passo no sentido de acelerar a discussão em torno da extensão da ferrovia de Cascavel a Foz do Iguaçu e ao território do Paraguai, segundo o presidente da empresa, Samuel Gomes. O trecho da Ferroeste existente entre Guarapuava e Cascavel, e a extensão da malha até Paranaguá (a partir de Guarapuava) e até Foz do Iguaçu (a partir de Cascavel) integrarão a parte brasileira do corredor ferroviário bioceânico.


A reativação das exportações do país vizinho, pelo porto seco de Cascavel, até o Porto de Paranaguá, deve acelerar os esforços das autoridades do Paraguai para que o governo do Paraná, através da Ferroeste, e o governo brasileiro, viabilizem a construção do ramal Cascavel – Foz do Iguaçu, que é parte do corredor bioceânico que vai ligar os terminais portuários do Paraná e Santa Catarina com o Porto de Antofagasta, no Chile.


“PROJETO CASCAVEL”: INVESTIMENTO INICIAL DE UM MILHÃO DE DÓLARES


Investidores paraguaios querem construir um complexo graneleiro, constituído de dois silos, depósitos, moega, tulha e tombador, no Porto Seco existente no terminal da Ferroeste em Cascavel. Um dos integrantes do grupo, o produtor Ivo Pigosso, tesoureiro da Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop), disse que os recursos estão disponíveis e que a obra deve iniciar ainda em 2009. O investimento do grupo no “Projeto Cascavel”, como vem sendo chamado, está orçado em um milhão de dólares, “de saída”, conforme sublinha Pigosso. 


Vagões


Ivo Pigosso também adiantou que os empresários paraguaios pretendem comprar até 100 vagões novos, em parceria com a Ferroeste, para o transporte de suas cargas. Os vagões serão adquiridos da indústria Amsted Maxion, vencedora de licitação para o fornecimento de 500 vagões, pelo menor preço, aos usuários da Ferroeste.


A licitação, realizada em fevereiro de 2009, pelo Governo do Estado e pela Ferroeste, foi vencida pela Amsted Maxion, depois de 36 lances, pela menor oferta de R$ 208.400,00 por vagão Hopper de 100 toneladas brutas para transporte de grãos e farelo. Antes da licitação, o preço do vagão chegou a ser cotado a R$ 296 mil pela empresa Prisma.

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