Com o início das operações do Porto de Itapoá (SC) localizado estrategicamente na entrada da Baía da Babitonga, a Aliança Navegação e Logística tem planos para criar, junto ao traçado ferroviário, terminais remotos em Joinville e São Francisco do Sul. Dessa forma, proporcionará um sistema de conexão hidroviária – via barcaças – com o pólo industrial da região e com a ferrovia operada pela ALL.
O Porto de Itapoá oferecerá ao mercado um novo conceito global de complexo portuário. O terminal marítimo será suportado por uma retroárea de, aproximadamente, 12 milhões de metros quadrados para instalação de indústrias e serviços, criando uma sinergia com a logística e favorecendo o desenvolvimento regional com acessos, berços e pátios compatíveis com o crescimento da demanda, oferecendo custos competitivos à região.
Os investimentos no Porto de Itapoá e em terminais remotos de Santa Catarina confirmam o interesse da Aliança em ampliar fortemente o serviço de cabotagem. Recentemente, a empresa adicionou dois novos navios de 2500 TEUs (Aliança Manaus e Aliança Santos) e aumentou em 20% a capacidade do transporte costeiro.
Em 2008, a Aliança Navegação e Logística registrou um faturamento de R$ 2,4 bilhões e movimentou cerca de 518 mil TEUs (sigla equivalente a um contêiner de 20 pés). Atualmente, opera regularmente nos portos de Manaus, Pecém, Suape, Salvador, Vitória, Sepetiba, Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, Imbituba e Rio Grande. A empresa possui 12 escritórios próprios no Brasil e mais de 1,1 mil funcionários.
Na cabotagem, a Aliança conta com 10 modernos navios em operação, uma capacidade semanal de 20 mil TEUs e mais de 90 escalas mensais nos principais portos da Costa Leste da América do Sul, desde Manaus até Buenos Aires, oferecendo um serviço confiável ao mercado, com dia fixo de atracação nos mais importantes complexos portuários, boa produtividade operacional e plena integração aos modais ferroviário e rodoviário.
“A cabotagem não é apenas um transporte marítimo, mas uma solução multimodal. Com a BR-Marítima, a Aliança consolidou no mercado o autêntico transporte porta a porta, que inclui terminais concentradores de carga e parceria com operadores logísticos em todo o Brasil”, informa José Balau.
A empresa conta ainda com parcerias em terminais rodoferroviários localizados em Paulínia e Jundiaí, no interior de São Paulo, o que aumenta ainda mais a competitividade do modal. No mercado internacional, a Aliança também oferece serviços para América do Sul, América Central, América do Norte, Europa, Ásia e África do Sul.
Juntamente com a Hamburg Süd, que conta com 120 escalas mensais no Brasil, as empresas acreditam que, com o projeto do Porto de Itapoá, terão ainda mais sinergia no atendimento do mercado catarinense e dos estados vizinhos, que utilizam os portos da região para embarcar produtos para o exterior e, também, para o mercado doméstico, assegurando maior competitividade para os bens produzidos, além de atender ao fluxo de transbordo de cargas vindas da Argentina e do Uruguai.
“Certamente Itapoá, que tem contado com o apoio da Secretaria Especial dos Portos e da Antaq, terá um peso significativo no desenvolvimento portuário regional e nacional”, acrescenta o Diretor de Operações da Aliança.
A Hamburg Süd é a empresa pioneira na América do Sul no emprego de navios de grande capacidade. Até 2011, 16 novas embarcações do Grupo Hamburg Süd, com capacidade variando entre 5,5 mil TEUs e 7,1 mil TEUs, entrarão em operação e serão destinadas ao atendimento das rotas do Brasil para Europa, Américas e Ásia.
“O emprego de navios porta-contêineres de grande porte na costa brasileira para atender ao comércio exterior apresenta forte demanda, principalmente, para acompanhar o crescimento do mercado mundial”, enfatiza Balau.
A Aliança, que utilizava em 1990 navios de 2000 TEUs, passou a utilizar, em 2005, navios de 5,5 mil TEUs, e em 2010 agregará em sua frota porta-contêineres com capacidade para 7 mil TEUs.
O Porto de Itapoá, com capacidade instalada para movimentar, em sua primeira fase, mais de 300 mil contêineres/ano, terá a abrangência regional que permitirá intensificar o atendimento tanto do transporte de longo curso quanto da cabotagem, funcionando como um porto concentrador que possibilitará operações de grandes navios que poderão ser utilizados em plena carga para atender o comércio exterior de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
“Com a presente crise econômica, as empresas estão sendo obrigadas a rever toda a matriz de custo e o modal cabotagem, sem dúvida, oferece vantagens mais competitivas do que os modais terrestres, chegando a ser entre 10% a 20% mais econômico que o transporte rodoviário”, finaliza Balau.
Seja o primeiro a comentar