Cenário MT – A coordenação do Movimento Pró 3 Ferrovias segue mobilizando a comunidade regional em torno da unificação de esforços para que os projetos tenham celeridade. Depois do lançamento no final de junho, em Lucas do Rio Verde, o Movimento terá novo encontro em Sorriso. A reunião será realizada em 20 de agosto, a partir de 16 horas, no Centro de Eventos do município.
Desde que o movimento foi lançado, em 25 de junho, o coordenador Vicente Vuolo vem buscando alinhar com o Senado Federal a realização de uma audiência pública. A ideia é reforçar junto aos senadores a necessidade de votação e aprovação do PLS 261/2018, avaliado como o marco regulatório das ferrovias. No início do ano, o relator do projeto, senador Jean Paul Prates (PT-RN), previu que seria levado a plenário o mais breve possível. Contudo, o Parlamento entrou em recesso e nada de avaliar a matéria.
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“O movimento teve grande repercussão no Estado, em Brasília, enfim, em todo o país. Porque foi um movimento cívico e suprapartidário que vis unificar as três ferrovias para Mato Grosso”, pontuou.
Na reunião em Sorriso, o coordenador vai apresentar detalhes do andamento dos projetos das três ferrovias, inclusive o da Ferrovia Senador Vuolo. “Vamos esclarecer pontos importantes de que nós devemos lutar para o melhor projeto, aquele que atenda toda a sociedade”, reforçou. Vicente Vuolo ressalta que o movimento defende as três ferrovias (Senador Vuolo, Fico e Ferrogrão) operadas por empresas diferentes, que permitam a redução de preços do transporte.
Vuolo diz que moradores e representantes de entidades de toda a região estão convidados a participar do encontro.
Edital
O coordenador do movimento comentou a respeito do edital lançado pelo governo de Mato Grosso para ampliação e operação da ferrovia Senador Vuolo. Ele mostrou surpresa com a iniciativa e mostrou preocupação. Vicente Vuolo cita que o edital é inconstitucional, pois tira a competência do Governo Federal na condução do processo de concessão e operação de ferrovias. “É privativo da União apresentar propostas em relação às ferrovias, transporte no país”, observou.
A Senador Vuolo faz parte do projeto original da Ferronorte, tendo originado em São Paulo e com trajeto definido pelo Plano Nacional Ferroviário. “Não se pode, por exemplo, Cuiabá que sempre foi colocada como ‘troncal’, por ser capital do Estado e concentrar mais de 1 milhão de habitantes, grande parque industrial, o maior do Estado, alterar o traçado, colocando Cuiabá como apenas um ramal”, criticou.
Outro detalhe que chamou a atenção do coordenador é de prazo considerado muito curto. São apenas 45 dias para que empresas interessadas na operacionalização da linha férrea apresentem propostas. “É um projeto de R$ 12 bilhões. Ora, qual a única empresa que irá participar? É a Rumo. E ela pegaria o monopólio e levaria a ferrovia pra quem quer seja, inclusive pra Sorriso, pra Sinop, passando por cima da Ferrogrão, da Fico, etc, porque o governo estaria dando uma carta branca à empresa Rumo”, alerta.
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