G1 – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, visitou a malha ferroviária do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, e comentou sobre investimentos para a região e expansão do setor. Ele esteve na região nesta sexta-feira (24) para conhecer o acesso ferroviário e o trajeto da futura Ferrovia Interna do Porto (FIPS).
Durante a visita, ele falou sobre o sistema ferroviário do complexo santista e a necessidade de expansão, que já está perto da saturação. Atualmente, o sistema tem capacidade de aproximadamente 50 milhões de toneladas por ano, tendo movimentado em 2020 um total de 48,8 milhões de toneladas. “A gente tem gargalo, estamos chegando no limite da nossa capacidade. Então esse arranjo que envolve o novo desenho da ferrovia do Porto de Santos é fundamental”, descreve.
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O ministro informou que a Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS) terá, no próximo ano, investimento de cerca de R$1,8 bilhão para expansão da malha ferroviária. Um consórcio de empresas será responsável por administrá-la, sendo elas a Rumo, MRS e VLI.
Com os investimentos previstos por essas empresas nos acessos até o Porto, há necessidade de ampliar a capacidade ferroviária dentro do complexo santista, de 50 milhões, para 115 milhões de toneladas ao ano entre os próximos 5 a 10 anos. Em fevereiro, a Santos Port Autority (SPA) realizou audiência pública sobre o novo modelo de exploração da FIPS, garantindo investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão.
As obras de expansão preveem novos ramais, uma pera ferroviária – pátio com formato circular que permite transbordo de carga sem precisar desmembramento de trem – na margem direita, um novo retropátio ferroviário na margem esquerda, além da eliminação dos cruzamentos em nível e construção de passarelas de pedestres no Porto Organizado. “A gente viu a necessidade de fazer a pera rodoviária fundamental para aumento de capacidade”, esclareceu o ministro.
De acordo com a SPA, o planejamento previsto no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos remete a uma expectativa de aumento de capacidade na movimentação de cargas de mais 80 milhões de toneladas, 49% a mais até 2040.
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