A Vale informou que sua produção de minério de ferro no segundo trimestre somou 67,598 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Já a produção de pelotas da companhia recuou 22% na mesma comparação, atingindo 7,071 milhões de toneladas.
A companhia informou no relatório de produção e vendas do segundo trimestre que a produção de junho ficou acima de 25 milhões de toneladas, apresentando aceleração ante os níveis de abril e maio, entrando em um período sazonalmente forte, com níveis mais baixos de chuva.
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A Vale informou que a pandemia de covid-19 pesou na produção no segundo trimestre, com efeito negativo de 3,5 milhões de toneladas. Outros fatores que afetaram a produção no período foram eventos não recorrentes, como manutenção de correias transportadoras de longa distância no S11D, com um impacto negativo de 2,1 milhões de toneladas, e a parada prevista da mina de Fazendão em fevereiro, devido ao esgotamento da área de mineração licenciada.
A doença deve resultar em uma perda de produção de 9,8 milhões de toneladas, sendo 6,3 milhões de toneladas previstas para o segundo semestre. A queda é fruto da suspensão de 12 dias das operações no Complexo de Itabira, em Minas Gerais, o aumento do absenteísmo relacionado à quarentena nas operações do Sistema Norte e o adiamento de manutenções e retomada de operações, prejudicando o desempenho na segunda metade do ano.
Perdas de volumes adicionais relacionadas ao absenteísmo pelos efeitos da covid-19 não podem ser completamente descartadas para os próximos trimestres. No entanto, os níveis de absenteísmo estão em dois terços de seu pico em abril, e existe um ‘buffer’ [proteção] importante para ajudar a mitigar esse risco, diz trecho do relatório.
A Vale manteve a projeção para a produção de finos de minério de ferro na faixa de 310 milhões a 330 milhões de toneladas, assumindo que a extremidade inferior do intervalo é o cenário mais provável.
No caso das pelotas, a projeção foi revisada de 35 a 40 milhões de toneladas para de 30 a 35 milhões de toneladas, devido principalmente a ajustes de produção que refletem a disponibilidade de pellet feed em Itabira, ao adiamento da retomada da planta de pelotização de Vargem Grande para 2021 e à menor demanda do mercado.
A mineradora também informou que o volume de vendas de minério de ferro no segundo trimestre recuou 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado, para 54,615 milhões de toneladas. As vendas de pelotas caíram 21,4%, para 6,950 milhões de toneladas.
O volume de vendas de finos de minério de ferro e pelotas, com um prêmio de US$ 7,5 a tonelada, ficou 8% abaixo da produção, principalmente devido ao tempo de espera (lead time) de logística entre produção e vendas, com parte da produção do segundo trimestre em movimento para venda no próximo trimestre.
Já a produção de carvão da Vale registrou queda de 45,9% no segundo trimestre, na comparação com igual período do ano anterior, atingindo 1,283 milhão de toneladas. As vendas do produto também registraram baixa de 33,8% na mesma comparação, para 1,385 milhão de toneladas.
Segundo a Vale, os resultados foram afetados pela pandemia de covid-19, que resultou em uma perda de 1 milhão de toneladas de produção e queda na demanda internacional.
Devido à menor procura e após um recorde de produção de 15 meses em março, a capacidade de armazenamento de mina e porto atingiu seu limite. A produção parou temporariamente em junho, depois de ter desacelerado desde abril.
Dadas as incertezas atuais, são possíveis outras interrupções temporárias da produção, diz trecho do relatório. Portanto, não é possível fornecer um novo guidance [projeção] de produção de carvão para 2020.
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