Folha de S. Paulo (Coluna) – Em ritmo de eventos de inauguração e de entrega de obras antes de deixar o Governo de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) marcou evento nesta sexta-feira (25) para “apresentar virtualmente” um trem que está sendo produzido na China e que tem previsão de chegar ao Brasil somente no fim do ano.
Expectativas mais otimistas dizem que há chances de que a composição desembarque no Brasil um pouco antes, mas somente no segundo semestre.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Trata-se do primeiro trem da linha 17-ouro, que está na fábrica da empresa BYD, na China. No evento, Doria mostrará por meio de uma teleconferência a composição que futuramente circulará no estado. Ela faz parte de uma série de 14 que serão produzidas e entregues ao Metrô.
A previsão original de inauguração da linha 17-ouro era a Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014. Em dezembro de 2020, ao retomar as obras, Doria disse que seriam concluídas até 31 de dezembro de 2022. A nova previsão, contudo, é a de que seja entregue no final de 2023.
Quem assinou o contrato de implantação da linha foi o então governador Geraldo Alckmin (PSB), que depois se afastaria de Doria e, atualmente, está em campo adversário e deve se tornar o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.
A conclusão da obra era vista por aliados do governador como oportunidade de investir em contraposição com a administração de Alckmin. Doria anunciou que deixará o governo em 2 de abril com o objetivo de concorrer à Presidência da República.
A estimativa é de que a linha atenda demanda de 185 mil passageiros por dia útil quando for inaugurada, segundo dados do Metrô.
Seja o primeiro a comentar