Sem ‘agenda’ oficial, ferrovia SC-PR já tem estudo técnico e custaria mais de R$ 6 bi

Indústria de carne suína de SC seria a mais beneficiada por ferrovia com Paraná (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)
Indústria de carne suína de SC seria a mais beneficiada por ferrovia com Paraná (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

Money Times – Não tem nada que mostre a discussão a ferrovia Chapecó-Cascavel entrando na agenda oficial da União para definição de leilão e contatos com investidores. Mas o estudo de viabilidade comercial, ambiental e de engenharia feito para o Codesul (Conselho de Desenvolvimento do Sul) já está pronto e o orçamento para a obra superaria os R$ 6 bilhões, a preços de hoje.

O déficit de milho em Santa Catarina, avaliado em 6 milhões de toneladas, elevando os custos de sua importante indústria de suínos e aves, está no centro de defesa do empreendimento, segundo José Ribas, presidente do Sindicarne SC.

O estudo encomendado por R$ 700 mil à TPF Engenharia, multinacional belga, com apoio das principais entidades e lideranças do agronegócio de Santa Catarina e do Paraná, traz mais subsídios para buscarem a defesa do projeto junto aos governos estaduais e Federal.

O trecho que passa pelo Oeste dos dois estados integraria uma ligação mais abrangente, que começaria no Mato Grosso do Sul, outro ente federativo integrante do Codesul, como o Rio Grande do Sul.

Entre a efetivação do processo decisório para o futuro leilão, abertura para o mercado e construção, os agentes locais não esperam nada menos que 10 anos, num trecho de 200 kms entre as duas cidades.

Na mão inversa de um novo corredor para Santa Catarina importar de outros estados o milho e soja que necessita para seus plantéis – o 1º em suínos e o 2º e aves, no Brasil -, abre-se também uma oportunidade para os produtos exportáveis do estado (70% de todo o agronegócio local) terem mais um corredor.

Pelo modal ferroviário, mais em conta, as mercadorias subiriam até Cascavel, no Paraná, e daí e diante em caminhões para Paranaguá.

Atualmente, segundo Jorge Lima, executivo do Sindicarne, os portos catarinenses fluem tranquilamente os embarques, mas nunca é demais um apoio logístico extra via outros terminais.

O que, a rigor, interessa a todos os estados, incluindo mais fluidez para os produtos do Mato Grosso do Sul.

Fonte: https://www.moneytimes.com.br/sem-agenda-oficial-ferrovia-sc-pr-ja-tem-estudo-tecnico-e-custaria-mais-de-r-6-bi/

2 Comentários

  1. Tem jornalista que deveria estudar um pouco mais ou então consultar alguém que entenda de logística. Esse que escreveu o artigo é mais um deles.
    Veja se tem cabimento transportar por ferrovia até de SC para Cascavel de trem e depois colocar a carga nos caminhoes para irem a Paranagua? Existe uma ferrovia de Cascavel até Guarapuava que depois se conecta com restante da malha ferroviaria ate Paranagua.

  2. Boa Tarde … é nesse assunto a Agroindústria Catarinense de Carnes, continua a gostar de pagar mais caro pelo milho e insumos que hoje vem tudo via rodoviária. O Estado de Santa Catarina mais precisamente a “Região do meio Oeste” a uma ferrovia centenária EFSPRG que está abandonada desde praticamente o fim da RFFSA SR-05 Fev_)1996 que esta inserida na citada região e que por décadas colaborou com o desenvolvimento da região. Muitos vão dizer é uma ferrovia antiga, cheia de curvas etc…mas lembro que a Concessionária Rumo Logística Malha Sul utiliza o trecho da própria ferrovia EFSPRG entre as Estações de Engº Gutierrez até Desvio Ribas na região de Ponta Grossa um trecho tbém com as citadas caraterísticas onde passa cimento, soja, milho e containers de congelados vindos da região do Oeste Paranaense com destino ao Porto de Paranaguá. Desta forma com poucos recursos a ferrovia poderia ser reativada com melhorias básicas em sua via permanente haja visto que nos tempos da Rede trens com triplex de locomotivas tipo G-22UM andavam por seus trilhos e era também uma via opcional as cargas (na época) para o TPS pois nos acidente a carga era desviada para a Ferrovia do Contestado, sem falar no terminal de grãos da Perdigão hoje BRF que existia, mas que os vândalos deram um jeito de destruir, tudo orquestrado para matar a ferrovia. Desta forma a citada ferrovia poderia ainda colaborar na redução do custo das matérias primas e auxiliar na exportação de bens finais produzidos na região, hoje com uma economia muito mais pulgjante que do tempo da RFFSA SR-05. É uma questão politica pois só no comentário que a ferrovia poderia voltar os FRETES em geral já diminuiriam como sempre digo: Le Brésil c’est ne pas pays seriuex -Gen Charlles D”Gaulle- (O Brasil não é uma pais sério). Saudações !! Paulo Roberto Stradiotto.

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