Valor Econômico – O governo de Minas Gerais pretende lançar este ano outros projetos de concessão, segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Estado, Fernando Marcato.
Um deles, feito em parceria com a União, é o Metrô de Belo Horizonte. O secretário afirmou que irá amanhã a Brasília conversar com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo (relator do processo sobre o leilão) e Antônio Anastasia.
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“Hoje já existe um parecer favorável da unidade técnica do TCU. Estarei amanhã com os ministros e, se o tribunal liberar — e temos a expectativa de que libere —, conseguimos colocar [o edital] na praça ainda neste ano, talvez dentro de um mês”, afirmou.
No segmento de rodovias, além das três concessões licitadas nos últimos dias, o governo trabalha em outros três projetos. Um deles, a BR-356, entre Belo Horizonte e Ouro Preto, poderá ser destravado pelo acordo de indenização que está sendo negociado entre o Estado e a Vale, pelos danos causados na tragédia de Mariana, diz ele.
“Os estudos estão indicando necessidade de aporte. Já fizemos as audiências públicas, mas com a variação de custos e o desafio grande de capex [investimento], ao que tudo indica vai precisar de aporte público para se viabilizar. Estamos na iminência de assinar o acordo de reparação de Mariana e, por ser na região, a PPP tende a receber recursos”, afirmou.
Ele diz que não sabe se haverá tempo suficiente para fazer o leilão ainda neste ano.
Há ainda outros quatro lotes sendo estruturados em parceria com o BNDES, dos quais dois se mostraram superavitários até o momento.
Agora, os projetos passarão por uma atualização dos valores de investimento, para contemplar o novo cenário de inflação de insumos. “A gente tinha segurado propositalmente, porque não adianta inundar o mercado com projetos. Optamos por lançar só esses dois [Lotes Sul de Minas e Triângulo Mineiro, também feitos em parceria com o BNDES]”, disse Marcato.
O grande desafio, segundo o secretário, é conseguir atrair investidores dispostos a participar dos leilões. Ainda assim, ele avalia que é possível lançar um ou dois novos lotes em 2022.
O projeto mais avançado neste momento, também modelado pelo banco de fomento federal, é a concessão dos parques estaduais de Ibitipoca e Itacolomi, na Zona da Mata. “Falta só o parecer da Advocacia do Estado. Esperamos que, dentro de um mês, possamos lançar”, afirmou.
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