Mesmo com a redução no número de passageiros por causa da pandemia de covid-19, 156 pessoas caíram no vãos entre os trens e as plataformas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em 2020, quase uma por dia. No entanto, o número de acidentes têm caído desde que o problema foi revelado pela Agência Mural, em 2017.
Na época, um levantamento da reportagem mostrou que a distância entre os trens e a plataforma chegavam a mais de 40 cm e provocaram mil quedas em um ano.
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Na época, correspondentes visitaram as 91 estações em funcionamento e mediram os espaços entre as plataformas e as composições. O recorde, de 46 cm, foi encontrado em Aracaré, na linha 12-safira, na cidade de Itaquaquecetuba.
Desde então, a instalação de borrachões de segurança foram prometidas e foram instaladas em nove estações.
Em 2020, a Agência Mural apurou que, até 25 de junho, a linha 12-safira foi a que mais registrou quedas, foram 42. A 9-esmeralda ficou em segundo lugar, com 37. A linha 8-diamante e a 16-jade, ficaram em terceiro lugar, ambas com 16 ocorrências, de acordo com os números oficiais.
Os dados foram obtidos pela reportagem por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). Ao longo de 2019, também houve uma leve redução na comparação com o ano anterior. Foram 745 quedas.
A secretária Carla Moraes, 35, é um exemplo. Moradora de Cidade Tiradentes, na zona leste, ela utiliza a linha 11-coral e desembarca em Guaianases. No ano passado, depois de tropeçar no vão entre o trem e a plataforma, sofreu com uma hemorragia interna no baço.
Foi uma sensação horrível e desde então fico muito mais atenta no embarque. Acho que isso deveria ser prioridade pro governo, opina.
Apesar do relato, Carla diz que não recebeu assistência na época e que as ações adotadas pela companhia de trens não são suficientes. Eu caí e não aconteceu nada. O aviso para tomar cuidado com o vão entre o trem e a plataforma é só para enganar mesmo. Caso contrário, já teriam tomado as devidas providências, acrescenta.
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