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Metrô CPTM – O novo governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assumiu o cargo neste domingo, 1º de janeiro, encerrando três décadas de administrações tucanas. E em seu discurso de posse citou a Linha 17-Ouro.
Ao falar sobre os desafios de ampliar investimentos ao mesmo tempo em que sugere reduzir a carga tributária, o novo mandatário usou o ramal de monotrilho como exemplo, juntamente com o Rodoanel Norte, de projetos que precisam ser finalizados.
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“Será necessário a criatividade para aumentar significativamente o investimento em universalização do saneamento básico e ainda assim, reduzir as tarifas para concluir o Rodoanel ou a Linha 17 para fazer o Metrô alcançar mais pessoas ou para ver ligações ferroviárias saindo do papel. Para acabar o que ficou pelo caminho. Precisamos entregar as pequenas coisas que mudam a rotina das pessoas e fazem a diferença“, disse.
Contratos em andamento, mas sem uma previsão clara de inauguração
Tarcísio chega com a missão de finalmente concluir a “fase prioritária” da Linha 17, que teve suas obras iniciadas em abril de 2012. Desde então, o projeto passou por várias atribulações, entre empresas que abandonaram seus contratos a disputas judiciais que atrasaram sua execução.
O cenário em 2023 é melhor do que o de 2019, quando um impasse entre o Consórcio Monotrilho Integração e o Metrô mantinha parte das obras paralisadas e a fabricação de 14 trens de monotrilho sem qualquer perspectiva já que a empresa responsável havia falido (Scomi).
Desde então, o Metrô dividiu o escopo em dois contratos e selecionou as empresas BYD SkyRail (sistemas) e o atual Consórcio Monotrilho Ouro (Coesa e KPE) para as obras civis remanescentes. Esta última, no entanto, está há dois anos com trabalhos em ritmo extremamente lento, sem que o Metrô tenha tomado alguma medida clara para destravar a situação.
A Linha 17 depende ainda de um projeto de alimentação elétrica cujo contrato foi recentemente assinado e que deve ser entregue em meados de 2024. O primeiro trem de monotrilho foi apresentado na China em março do ano passado, mas ainda não embarcou para o Brasil, o que é esperado para este ano.
Com oito estações e 6,7 km de extensão operacional, a Linha 17-Ouro ligará o Aeroporto de Congonhas às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda em sua primeira fase. Mas há duas outras etapas suspensas e cujo destino está nas mãos do novo governador. Em uma ponta, o ramal está próximo de chegar à Paraisópolis enquanto na outra pode requalificar uma região degradada e se conectar à Linha 1-Azul.
Para isso, será preciso enfrentar alguns desafios como implantar as vias próximas a um cemitério, realocar centenas de famílias e convencer moradores sobre as vantagens de ter uma linha de ligação rápida com a malha metroferroviária, a despeito da rejeição ao monotrilho em certas classes sociais. Sem dúvida, Tarcísio precisará de criatividade, como disse no discurso.
Fonte: https://www.metrocptm.com.br/em-discurso-de-posse-tarcisio-de-freitas-cita-desafio-da-linha-17-ouro/
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