O Globo – Há uma articulação em curso no governo, ainda que em estágio inicial, para passar deter mais poder na Vale.
No mês passado, depois de uma negociação com outros sócios da empresa, a Previ (o maior acionista individual da mineradora), emplacou o seu ex-presidente, Daniel Stieler, como presidente do conselho de administração.
Agora, passando pela mesma Previ, inicia-se um trabalho para tentar tirar da cadeira o atual presidente, Eduardo Bartolomeo, cujo mandato só expira dentro de um ano.
O nome do sucessor, imaginado pelos articuladores da troca, é o de Paulo Caffarelli, ex-presidente do Banco do Brasil, da Cielo e hoje no comando do banco digital BBC.
Um conselheiro da empresa avalia que essa mudança de comando é “impossível de ser aprovada, um sonho que já nasce morto”. Um ex-conselheiro que ainda acompanha de perto a Vale, no entanto, enxerga com preocupação essa articulação, se ela ganhar corpo.
A Vale foi privatizada em 1997 e desde 2020 uma “corporation”, ou seja, em tese uma empresa sem dono, a mineradora — mas Lula sempre a viu como uma espécie de braço desenvolvimentista do governo.
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