Valor Econômico – A diretora de energia e descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento, disse que a companhia tem estudado os produtos de baixo carbono e formas de vendê-los para fora do Brasil. “Temos estudado formas de emitir menos com o minério de ferro. Esse e outros produtos de baixo carbono devemos começar a exportar para a Europa, em um primeiro momento, e depois para o resto do mundo”, disse no seminário “A neoindustrialização e a transição energética brasileira”, promovido pela Editora Globo.
A Vale tem buscado reduzir as emissões de escopo 1 e 2, mas, conforme a diretora, “não existe bala de prata”.
“Os problemas não são resolvidos por uma única solução. Estamos fazendo teste para ver o percentual de utilização de amônia em produtos. Nos caminhões que utilizamos, estamos vendo como passar a utilizar o etanol em vez do diesel.”
Em setembro, a Petrobras e a Vale assinaram um acordo, com duração de dois anos, para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis – como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável – e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
No mesmo evento, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que a companhia está pronta para ancorar a demanda de hidrogênio brasileira junto com a Petrobras. “O Brasil será o país mais competitivo em hidrogênio”, afirmou Bartolomeu.
“A Vale e a Petrobras já deram o primeiro passo. O Brasil tem um dos custos de energia mais competitivos do mundo. Não tenho dúvidas que poderemos produzir hidrogênio a baixo custo.”
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