A Central Japan Railway, principal companhia ferroviária do Japão, confirmou que pretende introduzir o trem SC Maglev na rota Tóquio – Nagoia em 2027. Além de ser o trem-bala mais rápido do mundo, ele será capaz de flutuar através de um sistema de condução magnética.
A expectativa é que o percurso a bordo do trem, que terá 16 vagões e capacidade para mil passageiros, dure apenas quarenta minutos, vinte a menos do que o passageiro levaria viajando de avião.
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A rota, que será feita 80% debaixo da terra, terá paradas nas cidades de Shinagawa, Sagamihara, Kofu, Iida e Nakatsugawa. Porém, o plano é que a linha seja expandida até Osaka em 2037. Dessa forma, quando as obras forem finalizadas, será possível viajar de Tóquio a Osaka em uma hora.
A tecnologia de condução magnética foi inventada em 1970, mas o trem só recebeu aprovação para construção comercial em 2009.
Desde então, foram realizados diversos testes e só em 2015 o SC Maglev bateu o recorde de velocidade entre os trens, atingindo 603km/h. Até então, quem detinha o título era um trem chinês, que atualmente liga a cidade de Shanghai ao seu aeroporto a uma velocidade de 431km/h.
Isso não significa, porém, que o SC Maglev funcionará a 603km/h. Na verdade, ele chegará a no máximo 500km/h para garantir a segurança da viagem.
Como o SC Maglev flutua?
O termo Maglev é a uma combinação das palavras “magnetic” (magnético) e “levitation” (levitação). O que faz com que o trem não toque no chão é o fato de existir uma repulsão magnética entre seus vagões e trilhos.
O trem sairá da estação utilizando rodas normais. Mas, ao alcançar os 150km/h, a força magnética começa a ser intensa o suficiente para levantar o trem: ele fica 100 milímetros suspenso do chão.
Dessa forma, qualquer atrito é eliminado e o veículo ganha cada vez mais velocidade. Segundo a Central Japan Railway, isso também faz com que a viagem seja mais estável do que em outros trem-bala.
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