
A Comporte venceu o leilão de concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM, realizado na última sexta-feira, na sede da B3, em São Paulo. Com um desconto de 2,57% sobre as contraprestações que serão pagas pelo governo de São Paulo à concessionária, a empresa da família Constantino desbancou a proposta da CCR, que ofereceu 1,45% de deságio sobre a remuneração.
É a quarta concessão sobre trilhos arrematada pelo grupo. Desde que venceu o leilão da CBTU BH, em 2022, a empresa vem participando de todas as disputas na área de mobilidade urbana no país. E vencido. Assim aconteceu no pregão, sem concorrência, do TIC Eixo Norte (São Paulo-Campinas), no ano passado, que incluiu também a Linha 7-Rubi da CPTM. O Grupo Comporte opera ainda, através da concessionária BR Mobilidade, o VLT da Baixada Santista.
Para a nova concessão, a empresa decidiu entrar sozinha, sem a presença de chineses no consórcio. No leilão do TIC, o grupo entrou junto com a CRRC. Em 2024, a Comporte registrou receita líquida de R$ 3,2 bilhões, crescimento de 9,9% em relação ao ano anterior. O maior faturamento da empresa hoje vem das linhas sobre trilhos operadas pela companhia.
Concessão de R$ 14,3 bilhões
O projeto das linhas 11, 12 e 13 da CPTM – chamada de Lote Alto Tietê – está dentro do modelo de concessão patrocinada, ou seja, exige do governo de São Paulo um volume significativo de aporte e, por consequência, um sistema de garantias robusto. A concessão está avaliada em R$ 14,3 bilhões, incluindo R$ 10 bilhões iniciais do governo, para pagar as obras de extensão e requalificação do sistema. A nova concessionária vai adiantar o restante dos investimentos necessários para concluir as obras (R$ 4,3 bilhões) – e será paga por isso através de contraprestações fixas até o final da concessão, que tem prazo de 25 anos.
Além da fixa, mais duas contraprestações públicas estão inseridas no contrato. Uma relativa ao opex (chamada de pecuniária) e outra referente ao pagamento por disponibilidade (o estado vai pagar à concessionária por km de trem rodado). Considerando o desconto dado pelo Grupo Comporte no leilão, o pagamento à concessionária por ano deverá chegar a um valor equivalente a R$ 903 milhões.
Segundo o secretário de Parcerias em Investimentos do governo de São Paulo, Rafael Benini, o estado teve economia de cerca de R$ 1 bilhão no total a ser pago para a concessionária. A intenção, afirmou, é repassar esse ganho para outras operações sobre trilhos. Ainda segundo ele, o pagamento das contraprestações poderá ser feito por meio dos recursos arrecadados com a bilhetagem do sistema.
Requalificação e expansão
O projeto de concessão das linhas 11, 12 e 13 contempla a requalificação e a expansão dos trilhos, com a construção de dez novas estações, a reforma de outras 24 e a reconstrução total de quatro, além da ampliação de mais de 20 km de trilhos. A Linha 11-Coral será estendida até a Estação César de Sousa, em Mogi das Cruzes, com quatro novas estações. Já a Linha 12-Safira chegará a Suzano. A Linha 13-Jade será ampliada até Gabriela Mistral, na Zona Leste da capital, e Bonsucesso, em Guarulhos.
Com essas mudanças, a expectativa é que as três linhas transportem juntas cerca de 1,3 milhão de passageiros por dia até 2040. Estão previstos também investimentos em via permanente, sistema de sinalização de pátio, veículos auxiliares, reforma de material rodante etc. Não há previsão, no entanto, de compra de novos trens. Antes do leilão, a CPTM deslocou para as linhas 11, 12 e 13 composições mais novas da frota, incluindo os trens devolvidos pela ViaMobilidade que estavam sendo operados antes da chegada dos 36 novos da Alstom.
Tenho 65 Anos de idade ,sou de Familia Ferroviária e fui da Fepasa durante sua existência e examinando inclusive Privatizações de outros Setores no Brasil chego a seguinte conclusão torna-se absolutamente dispensável a figura de um Governador e Governantes prá cuidar do Nosso Patrimônio e mais podemos economizar fortunas de dinheiros e acabar com custosas e ridículas Eleições com Ridículos Governantes que só vendem e podemos Contratar executivos Profissionais prá gerir o Estado pois os atuais Governantes nada progridem ,não administram ,nada melhoram a vida dos que o Elegem ,ficam bilionários entregando o Nosso Patrimônio e praticando a nefasta Politicagem . República isto aqui não é mais pois o Estado cuida melhor do Privado que do Público !
Que vão esses Governantes com essas entregas e desejos de serem bilionários pros quintos dos braços do Sistema Carcerário pois nos colinhos dos vampiros do Sistema Privado já estão faz tempo !
Filhos estudando no exterior, fazendas de gado , dinheiros em Paraísos fiscais , propinas , Eco Vias Ré confessa , Siemmens condenada , Alston envolvida , Hospitais e Escolas Públicas Abandonadas mas o Setor Privado com tudo de melhor foi exatamente isto que vimos dos Anos 90 prá cá com a Onda de Privatizações no Estado .
Essa engenharia financeira é complexa e muito onerosa ao bolso do usuário. Enfim… é uma solução de investimento com parceria.