O modal alavanca a competitividade do Brasil. Responsáveis por 29 mil empregos e investimentos que superam a cifra dos R$ 8,2 bilhões, as oito associadas à Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), empresas prestadoras dos serviços públicos de transporte ferroviário de cargas, desde que assumiram a concessão das 11 malhas concedidas estão mostrando a importância do modal ferroviário para o cenário logístico e econômico do País.
Nos seus nove anos à frente do setor, as empresas conquistaram destaque pela importância dos seus serviços na cadeia logística do Brasil e mostraram que o modal ferroviário é vital para o escoamento da produção industrial e agrícola, bem como para alavancar a competitividade do Brasil no comércio exterior. Além de renovar e aumentar a frota operacional de locomotivas e vagões (hoje na casa dos 2,3 mil e 76 mil unidades, respectivamente), as ferrovias têm investido também em ações voltadas à formação de pessoal e qualificação e ao aperfeiçoamento e adequação dos recursos humanos às suas demandas, resgatando cursos ferroviários junto à área acadêmica, abrangendo instituições públicas e privadas, com conseqüente renascimento da carreira de técnicos e engenheiros ferroviários, com destaque para a:
POD NOS TRILHOS
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1) Criação da Academia MRS, em Juiz de Fora – parceria com o Senai e Fundação Dom Cabral, com o objetivo de formar, qualificar e aperfeiçoar a mão-de-obra nos níveis operacional, técnico e gerencial.
2) Formação de operadores ferroviários (maquinistas, auxiliares e manobradores) – parceria com o Senai, em Juiz de Fora, Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Barra do Piraí e São Paulo.
3) Parceria com a Fundação Dom Cabral – a MRS está oferecendo a todo o corpo gerencial da companhia o curso de pós-graduação lato sensu em gestão de negócios.
4) Criação do curso de pós-graduação em engenharia ferroviária, desenhado pela Universidade Corporativa da CVRD em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).
5) Criação da universidade cooperativa, a Uniall, em Curitiba, para formação específica de profissionais da atividade ferroviária, oferecendo cursos na área operacional e em nível gerencial. Um comitê formado por representantes das concessionárias, Senai e o Simefre vai trabalhar na elaboração do programa das matérias que serão administradas nas escolas do Senai voltadas para a parte elétrica, mecânica, operacional, material rodante, locomotivas, vagões, carros de passageiros, sinalização, via permanente, instalações fixas, telecom, circulação e operações de trens, manutenção geral, etc.
E para que o transporte ferroviário de cargas continue seu ritmo de desenvolvimento é preciso ter em mente e resolver os seguintes gargalos:
a) crescente demanda de profissionais da área ferroviária e carência desses profissionais no mercado;
b) necessidade de ações por parte de todas as ferrovias junto às instituições formadoras de mão-de-obra no sentido de tentar incluir nos currículos escolares oficiais matérias relacionadas à ferrovia;
c) papel importante das ferrovias em firmar parcerias com instituições de ensino, transferindo tecnologia para formar instrutores (existem em número limitado no mercado e é necessário que eles sejam formados);
d) constantes inovações tecnológicas nas ferrovias provocam mudanças no perfil do profissional necessário nesse setor. As empresas e gestores precisam estar atentos e capacitados para atuar neste novo cenário;
e) necessidade de desenvolvimento de profissionais nas outras áreas que fazem parte da cadeia de valor do negócio logística.
Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF)
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