A CPTM vai receber oito trens reformados (quatro trens da série 1.400 e quatro da série 5.500) que circularão na Linha F (Brás-Calmon Viana) em janeiro de 2006. A linha também receberá, entre fevereiro e abril do próximo ano, mais oito trens renovados da série 5.500. De acordo com a operadora, o cronograma estabelece a reinserção dos trens de forma gradativa na grade operacional da empresa. Até o final de 2006, outras unidades também estarão liberadas.
O processo de modernização da frota da CPTM está em curso há aproximadamente um ano e está sendo realizado em lotes para não prejudicar a operação. Assim que chegam às oficinas, os trens são desmontados e os seguintes itens são substituídos: freios eletrônicos, estribos para diminuir o vão entre plataformas e trens, renovação do sistema mecânico e da “lataria”, instalação de itens para acessibilidade, troca de bancos, luminárias, faróis, pára-brisas, limpadores e demais componentes, portas e revestimento do piso.
A Alstom venceu a concorrência pública para realizar a reforma de quatro lotes, incluindo 28 trens, da série 5.500, com 56 carros, dos quais 16 já se encontram nas oficinas. A Iesa foi habilitada para a renovação de 42 carros (série 1.400) da Linha F e cinco trens (séries 1.400 e 1.600) para a Linha E. As empresas Bombardier e BT Brasil, além dos consórcios NovoTrem e MPE-TTranz, também venceram processos licitatórios para a execução dos trabalhos de recuperação da frota da CPTM.
A modernização da frota da CPTM faz parte do Programa Boa Viagem que prevê a recapacitação de 122 trens — um total de 328 carros que representam cerca de um terço da frota da empresa. O projeto está orçado em R$ 388 milhões e é previsto para ser concluído em etapas, até 2009.
Para a Linha F, o programa estabelece a reincorporação de 10 trens da série 4.400, que hoje estão parcialmente imobilizados e serão totalmente recuperados. Atualmente, a CPTM conta com 36 trens operacionais para esta linha. Outros 49, em circulação, vão passar por trabalhos de revitalização gradativos, com a troca de piso, bancos, portas, pintura e outros serviços (28 da série 5.500; 14 da 1.400 e 7 da 1.600).
A Linha C (Jurubatuba-Grajaú) exigirá a remobilização de 12 trens da série 5.500, que estavam fora de operação. Hoje, encontram-se disponíveis nove trens da série 3.000 e cinco da série 2.100. Com o término dos serviços, a frota desta linha passará de 14 para 26 unidades.
A Linha E que possui a maior demanda — cerca de 318 mil passageiros por dia — ganhará o reforço de 15 trens que estão fora de operação (10 da série 4.400, 3 da 1.400 e 2 da 1.600). Segundo a operadora, haverá, ainda, a revisão geral de outras 22 unidades (série 4.400). Para a Linha B serão recapacitadas 10 unidades da série 5.000, que se encontram imobilizadas. Na Linha A, mais quatro trens (dois da série 1.100 e dois da série 1.700), voltarão a operar após sofrer intervenções.
Fonte: Folha de São Paulo
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