Uma maior integração entre transportes ferroviários, rodoviários e hidroviários, além de um metrô para a Região Oceânica, até o Engenho do Mato. Esta é a proposta do professor universitário e arquiteto Pedro Lentino para Niterói, que vai ser apresentada no seminário Cidades que se planejam, em Fortaleza, no Ceará, de 3 a 5 de novembro.
O projeto, elaborado em conjunto com o arquiteto Henrique Costa Fonseca já foi encampado pelo presidente municipal do PMDB e secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, que recentemente lançou um documento com o projeto.
– As atuais propostas para o setor continuam focando mais as rodovias. É sempre pneu contra pneu, não há uma visão integrada, com trens, barcas e ônibus. O Plano Diretor de Trânsito e Transporte (PDTT), por exemplo, atua como uma “acupuntura urbana“, apenas em questões pontuais. Veja o túnel Charitas-Piratininga: hoje ele resolve o problema da ligação com a Região Oceânica, mas não trabalha nenhuma das extremidades do túnel – ressalta Lentino.
Ex-secretário de Obras e de Urbanismo e Meio Ambiente de Niterói, o arquiteto foi um dos idealizadores de obras como o alargamento da Estrada da Cachoeira e o túnel Raul Veiga, que liga São Francisco a Icaraí.
Com o elevado crescimento da cidade nas duas últimas décadas, o arquiteto propõe agora uma pulverização e uma maior integração entre os meios de transporte.
No projeto, que prevê a complementação da Linha 3 do metrô até o Engenho do Mato – batizada de Linha 7 -, Lentino e Fonseca incorporam ainda a proposta do Grupo Móbile da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a criação de 10 linhas hidroviárias ligando Rio, Niterói e São Gonçalo.
De acordo com o arquiteto, o projeto ainda não tem um custo estimado, já que a proposta está em fase preliminar, mas o arquiteto ressalta de antemão que será preciso integração entre os governos municipal, estadual e federal para viabilizar a proposta.
Fonte: Jornal do Brasil
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