Desde o fim do processo de privatização da malha ferroviária brasileira, as concessionárias investiram cerca de R$ 8 bilhões, mas os investimentos em infra-estrutura, de responsabilidade do governo federal, não chegaram perto da necessidade do setor. Buscando despertar atenção do Executivo e do Legislativo para o problema, a ANTF está promovendo uma série de ações.
Nesta quarta-feira, dia 7, estão programadas duas audiências públicas com os presidentes das concessionárias: a primeira às 9h30, com o presidente da Comissão de Viação e Transporte, deputado Mário Assad Júnior, e outra às 15h, com o presidente da Frente Parlamentar Metro-Ferroviária, Jaime Martins. Nesta quinta-feira, dia 8, às 9h30, no auditório Freitas Nobre, Anexo IV, na Câmara dos Deputados em Brasília, o debate “Os entraves das ferrovias brasileiras”. Nesse mesmo dia estão agendados encontros com o diretor geral da ANTT, José Alexandre Rezende, os ministros das Cidades, Márcio Fortes, e dos Transportes, Alfredo Nascimento.
As principais questões são referentes aos problemas nas passagens em nível, as invasões de faixa de domínio e os gargalos físicos e operacionais. De acordo com estudos da ANTF, o governo precisa aplicar aproximadamente R$ 4,2 bilhões para resolver os problemas. Entre as conquistas relacionadas pela associação estão: o crescimento de 43% da quantidade movimentada, redução de 62% no índice de acidentes, geração de 28 mil empregos diretos e indiretos e uma participação de 25% na matriz de transporte.
O seminário da ANTF é parte do programa de uma exposição organizada pela associação na capital federal, entre os dias 5 e 9, onde será realizado um balanço dos nove anos de concessão da malha ferroviária brasileira. O evento conta com o apoio do Ministério dos Transportes, da ANTT e do DNIT.
Os avanços, os problemas e as necessidades do setor após as privatizações serão exibidos em painéis, espalhados pelo hall de entrada do Espaço Cultural Mário Covas, em Brasília, além de serem exibidos vídeos institucionais contando as realizações das empresas associadas a ANTF.
Fonte: Folha de São Paulo
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