O prefeito José Serra (PSDB) disse ontem que a adoção do bilhete total, o bilhete único integrado no metrô, trens e ônibus urbanos, tem de ser cuidadosa e gradual. `A idéia é começar com uma experiência piloto, porque não dá para fazer mudanças bruscas`, disse o prefeito. Ele acrescentou que ainda não há definições sobre a tarifa. Extra-oficialmente, técnicos da Prefeitura e do Estado trabalham com o valor de R$ 3,60.
Embora não haja data definida, a Prefeitura e o governo estadual pretendem iniciar a fase de testes com o bilhete total antes da virada do ano na Linha 2 do metrô (Ana Rosa-Vila Madalena) e na Linha C da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga Osasco a Jurubatuba. Por enquanto, porém, o único prazo divulgado diz respeito à instalação dos 46 validadores do cartão inteligente nas oito estações da Linha 2 (Ana Rosa-Vila Madalena), que deve ser concluída até o fim desta semana. A primeira estação do trecho cujos equipamentos foram testados foi a Consolação.
Segundo o prefeito, equipes da Prefeitura e do governo trabalham agora nos acertos técnicos finais do programa. A Secretaria Municipal de Comunicação Social informou que todas as questões operacionais e de datas estão sendo definidas em conjunto pela São Paulo Transporte (SPTrans) e pelo Metrô.
As duas linhas nas quais o bilhete total será iniciado são as menos movimentadas do sistema de trens metropolitanos e do metrô. As demais estações só devem estar interligadas com o sistema no segundo semestre de 2006.
O Metrô transporta diariamente 2,5 milhões de passageiros e os trens da CPTM levam 1,5 milhão de pessoas. Os ônibus têm demanda diária de 5 milhões de passageiros. Um das questões que ainda tem de ser solucionadas é um conflito de legislações que impedirá mulheres de 60 a 64 anos de usarem o benefício.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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