A indústria metro-ferroviária só tem motivos para comemoração. Depois de passar longo período em completa paralisia, o setor voltou a crescer embalado pelos investimentos privados e deve fechar o ano com expressivo faturamento de R$ 2,5 bilhões. O valor é quase o dobro do apresentado no ano passado, quando as empresas do segmento somaram receitas da ordem de R$ 1,4 bilhão.
Segundo o diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Ronaldo da Rocha, esse desempenho deve-se à retomada do transporte ferroviário de carga. Ele explicou que o mercado de vagões deverá absorver até dezembro 7,5 mil unidades ante as 4,6 mil fabricadas no ano passado. Isso representa um acréscimo de 63% na produção, resultado recorde para o setor, afirma o diretor do Simefre. Já o mercado de carros de passageiros usados para trens e metrôs deverá fechar o ano com apenas 160 unidades.
Apesar disso, a produção será superior as 52 unidades do ano passado. Tudo é destinado ao mercado externo. No caso de vagões, as exportações somaram 323 unidades até outubro. Segundo o Simefre, a indústria metro-ferroviária tem capacidade para produzir 12 mil vagões por ano, 400 carros de passageiros e 32 locomotivas leves.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Ou seja, durante um bom tempo o setor terá grande capacidade para atender a demanda cada vez mais crescente das operadoras de ferrovias. Desde 1997, as concessionárias investiram cerca de R$ 8 bilhões na expansão da frota de vagões e locomotivas, afirma o Simefre.
Seja o primeiro a comentar