Metrô de SP terá telefonia móvel

No início deste ano, Joaquim da Silva Ramos enviou uma reclamação ao metrô da cidade de São Paulo. Ele dizia que vinha dando preferência a outros meios de transporte porque dentro dos túneis não conseguia usar sua principal ferramenta de trabalho: o celular.

Em breve, no entanto, Ramos não terá mais de interromper uma ligação quando estiver prestes a fechar um negócio. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) está na fase final de uma licitação para instalar um sistema para permitir que ninguém mais tenha de desligar o telefone enquanto vai de um lado da cidade a outro.

O edital prevê que uma empresa irá implantar todo o sistema e poderá explorá-lo por dez anos. As operadoras de telefonia terão contrato com essa companhia para oferecer o serviço a seus clientes.

A única a se candidatar foi a CCBR-Catel, empresa de tecnologia que é sócia da Serviços e Tecnologia de Pagamentos, responsável pela implantação do pedágio eletrônico em rodovias. Mas o resultado da concorrência ainda não foi anunciado. Procurada pelo Valor, a CCBR-Catel limitou-se a dizer que entrou na licitação porque os serviços de telefonia fazem parte de seu escopo de atuação.

Diariamente, 1,7 milhão de pessoas utilizam as quatro linhas do metrô paulistano. Outras 800 mil apenas circulam pelas estações.

Para o Metrô, uma companhia deficitária e que fatura R$ 800 milhões por ano com a venda de bilhetes, o celular será nova fonte de recursos. “Para diminuir o déficit da atividade principal, o Metrô vem buscando atividades que gerem lucro”, diz Reynaldo Dinamarco, gerente de novos serviços. Por exemplo, a estatal concede terrenos para a construção de shopping centers, o que deve gerar receita de R$ 10,5 milhões neste ano.

No caso dos serviços de comunicação sem fio, o Metrô receberá da vencedora no mínimo R$ 200 mil por mês mais um percentual do faturamento obtido com o aluguel da rede para as teles.

As operadoras de celular não quiseram entrar na disputa e atribuem o desinteresse ao formato da licitação. A empresa que arrematar a licença terá de ceder espaço na rede para as concorrentes – algo impensável num ambiente tão competitivo quanto o mercado brasileiro de telefonia móvel.

“O modelo adotado pelo Metrô de São Paulo foi um pouco confuso. A empresa teria de alugar a infra-estrutura montada por ela para atender uma competidora”, observa o diretor de engenharia da Vivo, Leonardo Capdeville.

As operadoras preferiam que fosse implantada, em São Paulo, estratégia parecida com a do Rio, onde os celulares já encontram sinal dentro dos túneis há três anos. Por lá, a concessionária adotou um modelo em que cada operadora tem sua própria infra-estrutura.

A diferença é que, no Rio, o metrô tem apenas duas linhas e apenas uma delas é subterrânea – o que barateia o investimento. Capdeville não fez uma estimativa do investimento necessário na construção de uma rede em São Paulo.

Segundo ele, a Vivo tem 110 mil clientes que utilizam diariamente o celular dentro do metrô carioca. “Nos horários de pico, chegamos a ter 11 mil usuários simultaneamente”, diz. A operadora tem de 29 milhões de assinantes no país.

Fora do Brasil, usar o celular debaixo da terra também é novidade. Londres, por exemplo, planeja oferecer o serviço apenas em 2008. Boston, que tem um dos metrôs mais antigos do mundo, também só está pensando no assunto agora.

O metrô de Nova York está licitando o serviço para 277 estações, num projeto orçado em US$ 250 milhões. A implantação do sistema tem o objetivo de dar mais segurança ao meio de transporte e é exigência de uma lei de 2003. No entanto, conforme o site TechWeb, a concorrência não está atraindo as operadoras, que consideram o investimento alto demais para construir a rede apenas nas estações. Elas também querem permissão para fazer o celular funcionar dentro dos trens.

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Fonte: Valor Econômico

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