A virada de ano não será motivo de festa para muitas pessoas. As passagens de ônibus e do metrô ficarão mais caras 21,5%, a partir de 1º de janeiro. O aumento será para todas as tarifas de transporte público no Distrito Federal. O anúncio foi feito, ontem, pelo secretário adjunto, Januário Élcio Lourenço.
O motivo do aumento, segundo a Secretaria foi o aumento dos custos de pessoal e de alguns insumos básicos, que são os lubrificantes, pneus e peças, que tiveram um reajuste de 33%. As operadoras pleitearam um reajuste de 50%, mas não foram atendidas pelo governo.
De acordo com secretário adjunto, o DFTrans fez uma análise técnica dos custos, rateando com o número de passageiro das linhas, para, assim, fechar o aumento do preço das passagens:
– As análises são feitas por linha, para termos uma hipótese de preços. Depois disso, passamos as sugestões das novas tarifas para o Conselho de Transporte, que o encaminha para o governador que assina o reajuste. Esse reajuste ocorre depois de um intervalo de 35 meses sem nenhum tipo de reajuste, isso deve ser levado em consideração. Os custos tanto do Metrô, quanto dos ônibus, nesse período, foram superior a 30%. Por isso, tivemos que chegar a um índice único.
Segundo Lourenço, os vales-transporte vendidos até o dia 30 de dezembro poderão ser usados até o dia 30 de janeiro.
Passageiros – Os brasilienses ficaram espantados com a notícia do reajuste nas tarifas do transporte público. A digitadora Patrícia Pereira de Jesus, de 28 anos, diz não entender o reajuste.
– É inacreditável. Tudo sobe, menos os nossos salários. Se o transporte oferecido fosse de qualidade não importaria de pagar mais caro. Mas todos os dias colocamos as nossas vidas em risco nestas sucatas velhas. Penso que pode surgir é o desemprego. Os chefes não vão querer mais bancar as passagens para os seus empregados.
Integração – O secretário adjunto enfatizou que uma das soluções para o transporte no DF é a bilhetagem eletrônica. A intenção do GDF é implantar o sistema de passagem única, entre cidades diferentes, até o final do próximo ano
– O projeto de integração será concluido em quatro anos, não podemos nos precipitar. A bilhetagem é uma primeira etapa para a ordenação do transporte coletivo na cidade. Mas mesmo com o novo sistema, o custo das passagens não será reduzido.
Fonte: Jornal do Brasil
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