Um projeto auto-sustentável

Quando o assunto é a implantação de uma ligação ferroviária entre São Paulo e Campinas, algumas pessoas torcem o nariz e fazem comentários do tipo: `não acredito que isso aconteça, pois há 30 anos fala-se deste trem e até agora nada`.

Temos que admitir que há uma certa dose de razão nesta incredulidade. No entanto, é preciso ressaltar alguns detalhes para que todos entendam que o atual projeto do Governo do Estado, batizado como Expresso Bandeirante, tem consistência, é viável financeiramente e a operação deste trem é auto-sustentável.

Vamos às explicações. Ao contrário das propostas anteriores, o estudo do Expresso Bandeirante, apresentado recentemente em Campinas, Jundiaí e São Paulo, reúne os elementos fundamentais para a engenharia completa de sua implantação, contemplando aspectos de obras civis, operacionais, financeiros, institucionais e jurídicos. Não adianta apresentar um projeto fantástico sem apontar as possíveis fontes de recursos para colocá-lo em prática, bem como a viabilidade econômica do mesmo.

Uma das provas de que realmente o Expresso Bandeirante é viável aconteceu em recente apresentação do projeto em Madrid (a convite do Instituto Espanhol de Comércio Exterior da Espanha, por meio da Embaixada da Espanha) a empresários espanhóis, que demonstraram grande interesse em participar da implantação do trem. Cerca de 70 pessoas assistiram, durante 2 horas, à exposição dos principais projetos com possibilidade de parceria privada em desenvolvimento pelo Governo de São Paulo.

A força econômica da Região Metropolitana de Campinas, o alto número de habitantes, a renda acima da média nacional, a pequena distância entre as duas regiões metropolitanas e a presença dos dois principais aeroportos de carga e de passageiros do Brasil (Cumbica e Viracopos) foram elementos que causaram impacto nos que nos ouviram em Madrid. A pergunta que ficou no ar: como se explica que, até hoje, ainda não exista uma ligação ferroviária entre Campinas e São Paulo?

É bom lembrar que o Governo Espanhol já doou o equivalente a R$ 1 milhão, para a elaboração do estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira, que propõe o Trem Expresso Bandeirante, com cerca de 92 km entre Campinas e São Paulo, passando por Jundiaí e chegando até a estação Barra Funda. Também existe uma perspectiva da Espanha financiar (cerca de R$ 250 mil), a fundo perdido, um estudo semelhante para o trecho entre Campinas e o Aeroporto de Viracopos.

O estudo entre São Paulo e Campinas revela que é possível implantar uma ligação ferroviária com um investimento de cerca de R$ 2,7 bilhões, menos da metade do custo previsto nas propostas anteriores (US$ 2,3 bilhões).

Não é à toa que o trem São Paulo – Campinas já está atraindo o interesse de empresários. O estudo do Trem Expresso Bandeirante mostra quanto o setor privado poderá investir, qual a tarifa adequada e qual a taxa de retorno em 30 anos, período em que ficará responsável pela operação do serviço.

Outro detalhe animador apontado pelo estudo é que o projeto é auto-sustentável. O valor total de impostos (como ICMS e ISS) arrecadados durante as obras e a operação desta ligação ferroviária cobre o custo referente à parte de infra-estrutura do projeto (R$ 2bilhões).

Os benefícios sócio-econômicos gerados pela implantação do Expresso Bandeirante também contribuem para que o projeto seja auto-sustentável. De acordo com o estudo, a existência do trem possibilitará a redução do tempo gasto pelos usuários, da emissão de poluentes na atmosfera, do número de acidentes e do custo operacional da rede de transporte. Tudo isto resultará em uma economia de cerca de R$ 14,6 bilhões ao longo de 30 anos, o equivalente a mais de cinco vezes o custo de implantação do trem.

Por todos estes detalhes, podemos dizer que estamos com a faca e o queijo nas mãos. É preciso agora que todos os agentes envolvidos se unam. Além do interesse da iniciativa privada, temos a

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Fonte: Gazeta Mercantil

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