A Ferrovia Transnordestina será financiada por trecho pelo Banco do Nordeste (BNB), responsável pela liberação de R$ 3,5 bilhões, dos R$ 4,5 bilhões que serão empregados nesse empreendimento. A construção da ferrovia já foi anunciada pelo presidente Lula. O financiamento será liberado à medida que a CFN apresente os projetos executivos e as licenças ambientais de cada trecho, segundo o diretor de gestão de desenvolvimento do Banco do Nordeste (BNB), Pedro Eugênio. O banco também pediu à CFN um estudo que mostre a viabilidade econômica-financeira da ferrovia.
“Acreditamos que o projeto terá viabilidade, porque vai transportar os grãos do cerrado do Piauí, as frutas do Vale do São Francisco, levando também combustíveis e fertilizantes para o sertão”, contou Eugênio. A expectativa é que o BNB leve de 30 a 60 dias para analisar o projeto de viabilidade econômica-financeira da Transnordestina.
A Transnordestina vai ligar a cidade de Eliseu Martins (no Piauí) aos portos de Pecém, no Ceará, e de Suape. A nova ferrovia terá 1.860 quilômetros de extensão, sendo que 905 deles serão de linhas novas em Pernambuco, Ceará e Piauí. Os outros 955 quilômetros já fazem parte da atual malha da CFN.
O trecho Salgueiro-Missão Velha, pertencente à `velha` Transnordestina, é o único que já tem o projeto executivo pronto, e a CFN já começou a escolher a empresa que fará as obras. Os demais trechos estão com os seus projetos executivos e básicos sendo contratados ou em execução.
Reuniões – O governo federal já fez quatro reuniões com a participação dos representantes de vários órgãos envolvidos no financiamento do projeto, como o BNB, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Integração Nacional, Agência do Desenvolvimento do Nordeste (Adene), entre outros. “O fluxo desses recursos têm que ser coordenado. Estamos afinando os procedimentos de entrega da carta-consulta, entre outras coisas”, contou Pedro Eugênio.
A previsão é que as obras sejam feitas em três anos. Somente pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) serão liberados R$ 2 bilhões para a ferrovia.
Fonte: Jornal do Commercio
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