“Com o Trem do Pantanal, aqui vai ser, efetivamente, o Porto da Esperança”, disse o prefeito de Corumbá Ruiter Cunha de Oliveira (PT), durante visita na manhã de hoje ao distrito situado à margem do rio Paraguai e que foi, no passado, um dos principais destinos turísticos do Estado. Para o prefeito, a comunidade local será a grande beneficiada com o retorno do trem de passageiros, a partir deste ano.
Sem o trem, que chegou no início do século à beira do rio Paraguai, cuja interligação com Corumbá se deu na década de 50, Porto Esperança empobreceu por falta do turista e de perspectivas de incremento econômico local, além da ausência do poder público. Esse isolamento, segundo o prefeito, está com os dias contados a partir da reativação do transporte de passageiros pela ferrovia.
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“É uma região carente, mas que tem possibilidades de criar alternativas de emprego e renda com o trem”, disse o prefeito corumbaense. “Não apenas no turismo. Estamos discutindo outras alternativas, como a piscicultura e o artesanato.” Ruiter considera fundamental um acordo com o Exército para ocupação dos prédios do antigo destacamento, criando uma melhor estrutura de serviços no distrito.
Fase de conclusão
O diretor de produção da Novoeste, Maurício Magagna, acompanhou a visita do prefeito e da comitiva do Governo do Estado a Porto Esperança e garantiu que as obras de recuperação da ferrovia, entre o distrito e Corumbá, estão praticamente concluídas. O trabalho consiste em troca de dormentes e correção de juntas, lastro e do nivelamento da malha.
Magagna adiantou que a recuperação de todo o trecho da ferrovia, de Bauru a Corumbá já reduziu significativamente o número de acidentes. “A meta é zerar os acidentes”, disse. Os investimentos na ferrovia já possibilitaram a melhoria do tráfego, garantindo mais segurança operacional e velocidade. Em alguns pontos críticos, um trem com minério chegou a trafegar a 5 km/h. Hoje, a média é de 20 km/h.
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