A MRS encerrou 2005 com lucro líquido de R$ 410,3 milhões — quase o dobro dos R$ 222,3 milhões obtidos no ano anterior. No mesmo período, a empresa transportou 108,3 milhões de toneladas de carga, superior em 10,4% ao total registrado em 2004. A receita bruta foi de R$ 1,998 bilhão, o que representou crescimento de 23,3% em relação a 2004.
De acordo com o Relatório Financeiro divulgado pela empresa, o EBTIDA ficou em R$ 211,2 milhões no quarto trimestre (alta de 24% comparado ao mesmo período em 2004) e atingiu R$ 782,3 milhões no ano, 27% a mais que em 2004 (R$ 614,7 milhões). A geração operacional de caixa foi de R$ 887,9 milhões — superando em 15,3% ao valor registrado no ano anterior (R$ 770,1 milhões). A dívida líquida da operadora foi reduzida em 34,5% e ficou no patamar de R$ 272,5 milhões em dezembro de 2005. O índice de cobertura Dívida Líquida/EBITDA baixou em 0,65x em 2004, para 0,35x em dezembro de 2005.
Entre as cargas transportadas em 2005, destacam-se o minério de ferro que cresceu 13% em relação a 2004; ferro-gusa, cuja movimentação alcançou 800 mil toneladas desde o início da operação em outubro de 2004. Com relação ao setor de agronegócio, foram movimentados cerca de 200 mil toneladas de açúcar em 2005. Na contramão, houve queda de 1,7% no transporte de itens siderúrgicos.
O volume de contêineres transportados foi de 120,3 mil TEUs (contêiner de 20 pés) contra 91,9 mil unidades no ano anterior, o que representa crescimento de 30,9%. A maior parte das unidades é embarcada nas cinco rotas expressas operadas pela companhia: Santos – Vale do Paraíba (SP); Santos – Jundiaí (SP); Santos – Campinas (SP); Rio de Janeiro/Sepetiba – Belo Horizonte (MG); e Rio de Janeiro/Sepetiba – Vale do Paraíba (SP).
No ano passado, a MRS aplicou investimentos da ordem de R$ 398 milhões, o que representou aumento de 40,5% com relação a 2004. Os recursos foram distribuídos em oficinas e material rodante (R$ 247,3 milhões); via permanente e equipamento para a via (R$ 121,8 milhões); sistemas de eletro-eletrônica (R$ 12,1 milhões); sistemas de informação e hardwares (R$ 7,1 milhões); vedação de faixa de domínio (R$ 2,5 milhões); meio ambiente (R$ 2,1 milhões); passagens em nível (R$ 1,0 milhão); academia MRS (R$ 700 mil):; outros (R$ 3,4 milhões).
Com relação à segurança, a operadora registrou em 2005 o índice de 8,7 acidentes por milhão de trens.quilômetro, ficando abaixo do patamar do ano passado (15,5) e quase três vezes abaixo do limite definido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é de 25,5 acidentes por milhão de trens.quilômetro.
Fonte: Folha de São Paulo
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