FCA pode ter contaminado lençol freático

Um procedimento administrativo instaurado pela Curadoria de Defesa do Meio Ambiente, em novembro de 2005, revelou graves irregularidades ambientais no posto de abastecimento da FCA – Ferrovia Centro Atlântica em Araguari. O principal problema é que, segundo análises, a FCA contaminou o solo com combustível, e, consequentemente, pode ter contaminado o lençol freático e a água que abastece Araguari.


Numa das primeiras etapas do procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público, uma vistoria da Secretaria de Meio Ambiente constatou que o posto de abastecimento dos trens da FCA em Araguari, localizado na Avenida Espírito Santo, Bairro Sewa, e formado por dois tanques aéreos e três bombas de diesel, não tinha Licença Ambiental, Autorização de Funcionamento ou mesmo registro na ANP – Agência Nacional de Petróleo. O posto serve de unidade de apoio às atividades regionalizadas da empresa, no setor denominado “Corredor Paulista em Araguari”.


Em audiência realizada 15 de fevereiro deste ano, um perito do Narc – Núcleo de Apoio Regional ao Copam – Conselho Conselho Estadual de Política Ambiental, relatou que a empresa realizou algumas melhorias depois da vistoria da Secretaria de Meio Ambiente, mas que continuava crítica a situação do empreendimento, “permanecendo o derramamento de combustível na área de abastecimento das locomotivas, o que dá causa ao acúmulo de combustíveis no solo, formando, em alguns casos, poças desse material, que é extremamente poluente”. O piso de brita no local não impedia que o combustível derramado no abastecimento contaminasse o solo.


“A situação em evidência é particularmente danosa porque todo o abastecimento de água da população de Araguari provém do lençol freático, havendo risco real de contaminação de tal manancial”, destacou o agente do Narc. O posto de abastecimento da ferrovia fica nas proximidades das nascentes do Ribeirão das Araras, que é um dos ecossistemas que mais contribui com a recarga do lençol freático que servem à população araguarina. Para Fernando Ruas Machado, técnico ambiental do Narc, a situação pode ter causado danos à saúde humana, “na medida em que a incorporação do combustível ao lençol freático gerará contaminação da água servida à comunidade, com graves danos à saúde dos araguarinos que ingerirem tal água contaminada”. O técnico também disse que, em sua visita ao local, não havia dúvidas quanto à contaminação do solo, e que, se a água já não estivesse contaminada, isso fatalmente ocorreria.


Na audiência do dia 15, o promotor Sebastião Naves Resende Filho pediu Corpo de Bombeiros, à SAE e ao representante do Ibama em Uberlândia que vistoriassem o local. Quando o fiscal do Ibama visitou o posto, em 16 de janeiro, as atividades de abastecimento já estavam paralisadas, em virtude dos vazamentos e de obras de melhorias. O Ibama confirmou os resíduos de óleo e graxa no local, e a possibilidade de os resíduos terem contaminado o lençol freático. “Concluímos que as denúncias são procedentes”, diz o relatório, que também sugeriu à promotoria que solicite ao Departamento de Química da UFU – Universidade Federal de Uberlândia uma análise físico-química do solo na área, para indicar o grau de contaminação no local.


Já no relatório da SAE, produzido pelo engenheiro Kleber Lúcio, novamente foi constatado a contaminação – “consequentemente, há um grande risco de essa contaminação chegar ao aqüífero subterrâneo, onde é explorada água para o abastecimento da cidade de Araguari. Ressaltamos que se trata de fato grave, que poderá colocar em risco todo o abastecimento de água da população do município”, diz o relatório da SAE.


Na última audiência, realizada em 16 de março, a FCA disse que contratou uma empresa especializada para realizar as adequações ambientais necessár

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Fonte: Diário de Araguari

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