ALL compra BF por R$ 1,4 bilhão em ações

A América Latina Logística (ALL) anunciou ontem a compra da Brasil Ferrovias por R$ 1,405 bilhão. A operação resultará na maior empresa de logística independente da América Latina, com uma malha de 20.495 quilômetros.


O presidente da ALL, Bernardo Hess, afirmou que o grupo deverá investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, para melhorar a infra-estrutura de transportes da Brasil Ferrovias. Segundo ele, os investimentos em novas locomotivas, vagões, recuperação de trilhos, manutenção e ampliação das rotas deverá ter início “tão logo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprove a operação”. A expansão da capacidade inclui a reforma de 1.300 vagões e aquisição de outras 3.300 unidades entre 2006 e 2010, além da aquisição de 35 locomotivas por ano entre 2006/2010.


Na opinião de Hess, o processo deve levar em torno de 30 dias para ser aprovado. O executivo afirmou que há uma expectativa de crescimento do volume transportado pelo grupo entre 12% e 14% ao ano. “Teremos um crescimento, tanto por conta de novos clientes, como também por um acréscimo no volume, devido às novas rotas, integração entre as malhas e ainda uma provável queda no preço do frete”, disse ele. Segundo dados do mercado, Ferronorte, Ferroban e Novoeste (empresas que fazem parte da Brasil Ferrovias) transportaram cerca de 10,872 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) no ano passado. A ALL transportou 14,4 bilhões de TKU, segundo o Simefre, sindicato do setor.


Pela operação anunciada ontem, os sócios que administravam a Brasil Ferrovias tiveram suas ações convertidas em papéis da ALL. Com isso, os fundos Previ e Funcef, o banco JP Morgan e o BNDES passam a ser donos de uma fatia equivalente a 23% do capital da ALL. Para o presidente da ALL, caso algum dos acionistas minoritários decida exercer seu direito, ele terá o valor pago pelas ações em mãos. “Mas não acredito que isso deva ocorrer, já que as ações valem mais”, afirmou.


A ALL assumirá R$ 1,6 bilhão em dívidas junto ao BNDES (95% do total da dívida da empresa), sendo a maior parte de longo prazo. “Considerando R$ 1,4 bilhão em ações da ALL destinadas aos acionistas da Brasil Ferrovias, na prática a transação total soma R$ 3 bilhões”, disse Hess.


Segundo ele, a companhia só não assumiu as dívidas da Brasil Ferrovias com os próprios fundos de pensão gestores. O executivo destacou que a principal vantagem na operação é agregar clientes do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A ferrovia segue até Santos, principal porto exportador nacional. De acordo com ele, o Porto de Santos tem o menor índice de ingresso de produtos por ferrovias do País, em torno de 30%.


Para o presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, a operação foi um “ganha-ganha”. “Ninguém sai perdendo”, disse, lembrando que a operação só foi possível devido à reestruturação feita na Brasil Ferrovias durante o último ano, com investimentos em torno de R$ 1,1 bilhão para torná-la atrativa ao mercado. “Agora a empresa está em condições de atender satisfatoriamente seus clientes.”


O diretor de participações da Previ, Renato Chaves, lembrou que o novo grupo “caminha a passos largos para chegar ao novo mercado muito em breve, tão logo a negociação seja aprovada pela ANTT”. A operação ainda deverá ser submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Chaves disse que, com a entrada da ALL para o novo mercado a Previ – que agora participa do capital da companhia – completará um total de 70% de sua carteira já no novo mercado.


“A partir deste momento a gente passa a ter este ativo e participa com um potencial menor de algo que vale muito mais. Este é um bom pano de fundo para definir todo este processo.”

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Fonte: O Estado de S. Paulo – Kelly Lima

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