Caemi, ícone que morre na terceira geração


Fundador monta império diversificado


O grupo Caemi nasceu em 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, quando o engenheiro civil e ex-empregado dos Correios, Augusto Trajano de Azevedo Antunes, arrendou por dez anos da St. John Del Rey Mining jazidas de minério de ferro no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, próximas a Belo Horizonte. Nascia a primeira empresa de Antunes, a Icomi, então muito modesta.


Em 1946, a Icomi disputou licitação para explorar o manganês da Serra do Navio, no Amapá, em parceria com capitais estrangeiros. Em busca de recursos para tocar o projeto, Antunes foi a Washington, EUA, onde obteve crédito do Banco Mundial e do Eximbank americano e acertou sociedade com a americana Bethlehem Steel, que ficou com 49% do negócio.


O projeto da Serra do Navio era ambicioso. Além da ferrovia de 200 quilômetros e do porto de Santana, no rio Amazonas, compreendia a construção de duas cidades para abrigar funcionários locais e do Sudeste do país.


Em 1950, Antunes cria a holding Cia. Auxiliar de Empresas de Mineração (Caemi), que passou a abrigar todos os seus negócios.


Com os recursos gerados pelas exportações do manganês, o grupo diversificou-se nos anos 60. Com o grupo Brascan, adquiriu o frigorífico Swift Armour, fez-se sócio minoritário no país da Cummins, maior fabricante de motores americana, e desenvolveu o projeto florestal da Amcel, no Amapá.


Em 1964, reforçou a área de mineração ao firmar joint venture com a americana Hanna Minning no projeto que criou a MBR, mineradora de ferro em Minas, um marco na vida da Caemi. Em Nova Lima, na mina de Mutuca, foi edificada a primeira unidade da MBR. Eliezer Batista foi convidado a ser o primeiro presidente da nova empresa e encarregado de fazê-la um projeto viável.


Antes de a MBR se consolidar, Antunes enfrentou uma queda-de-braço com a Hanna, que era dona de 36% das ações. Ela queria canalizar todo o minério de ferro para siderúrgicas americanas, sem garantias de contratos de longo prazo nem de financiamento para garantir a expansão da mineradora. Eliezer, apoiado por Antunes, optou por firmar esses contratos com usinas de aço japonesas, que acabaram se tornando sócias da mineradora. A Hanna saiu, em 1986: a conta de US$ 75 milhões foi bancada principalmente pela Mitsui, que detinha 14% do capital da MBR.


Antunes contou com apoio do presidente da República, Marechal Castelo Branco, primeiro chefe de Estado da ditadura militar implantada no país em 1964, para encampar minas de ferro em Minas e criar a MBR. Para agregar valor ao minério, criou a Aços Anhanguera, em Mogi das Cruzes (SP).


Em 1982, a pedido do governo militar, entrou no polêmico projeto Jari, abandonado pelo excêntrico bilionário americano Daniel Ludwig. O Jari previa produzir celulose e papel em plena selva Amazônica e importou do Japão uma fábrica de celulose, que veio montada em um navio. Para salvar o projeto, foram convocados 23 empresários nacionais e criada a Cia. do Jari, cuja gestão coube à Caemi.


Em meados dos anos 80, Antunes levou seu neto e herdeiro Guilherme Frering para trabalhar com ele na reestruturação da holding. A decisão foi concentrar os negócios em apenas duas áreas: mineração e produtos florestais. O plano levou à venda da Anhanguera, Swift Armour, ações na Cummins e outros ativos. Na mesma época, comprou 25% da mineradora de ferro canadense QCM, onde estava Mitsui. Foi uma tentativa de internacionalização do grupo, que parou por aí.


No início dos anos 90, o minério de ferro era o carro-chefe do grupo. O manganês do Amapá, extraído pela Icomi, caminhava para a exaustão. O Jari era um problema complicadíssimo, relata um executivo que acompanhou de perto as tratativas. Em concordata branca, o Jari foi vendido anos depois ao grupo Orsa. A Amcel foi passada à International Paper em 1996.


Em 1997, um ano depois da morte de Antunes, Guilherme, já presidente da Caem

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Fonte: Valor Econômico

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