Metrô lotado, a qualquer hora do dia

Não existe mais período definido no dia para enfrentar horário de pico no metrô de São Paulo. Na semana passada, quando as três linhas principais foram totalmente integradas ao bilhete único, o sistema atingiu a média histórica de 2,8 milhões de passageiros por dia – 300 mil a mais que a média antes do início da integração total. É como se o metrô transportasse, além do público habitual, o equivalente à população de Vitória, capital do Espírito Santo, com 313.312 habitantes. O primeiro efeito colateral do bilhete único são trens e plataformas lotados, mesmo quando o período considerado de pico já passou.


Sempre chego uns 40 minutos antes e espero até passar um trem menos cheio, diz a vendedora Alessandra Augusto. Na quinta-feira, às 10h10, ela esperou 4 trens até conseguir embarcar na Estação Paraíso. Semana passada, coloquei um cara para fora do metrô, porque ele se aproveitou que estava lotado para colar em mim.


Apesar de não ter registrado aumento desse tipo de reclamação ou do número de furtos, a Companhia do Metropolitano reconhece que o passageiro vai começar a sentir algum desconforto. É importante frisar que metrô é isso mesmo, é um transporte de massa, rápido. Não há diferença entre a lotação do metrô da cidade de São Paulo e a registrada em metrópoles como México, Moscou e Tóquio, afirma o diretor de Operações do Metrô, Décio Tambelli.


Alessandra, como o técnico de rendimento e vendas do Correio Italo Oliveira Marciano, reconhece a eficácia do sistema. Mesmo lotado, o metrô dá segurança com relação ao horário. Se eu fosse de carro, não levaria menos de 40 minutos. De metrô, não passa de 25 minutos, diz Marciano, que teve de abandonar a mordomia de estudar no vagão durante o trajeto para o trabalho. Antes, sempre conseguia ir sentado, lendo. Agora, só às vezes, conta ele, que usa diariamente o metrô entre Barra Funda e Tatuapé.


Quem usa o sistema já percebeu. Não existe alternativa. Tem de investir para ampliar, afirma o presidente da Maubertec Engenharia e Projetos, José Roberto Bernasconi, também presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).


As cenas de superlotação são ainda mais visíveis na Estação Sé. Ao sair do trem na plataforma da Linha 3 (leste-oeste, Vermelha) e tentar descer para o acesso à Linha 1 (norte-sul, Azul), rumo à Avenida Paulista, o passageiro se depara com as escadas rolantes desligadas – estratégia de segurança usada pelo Metrô para não aumentar o volume de passageiros na plataforma já lotada.


Para evitar o empurra-empurra na escada, o funcionário público Dario Mendes esperou diminuir o movimento na quinta-feira. Ficou mais de meia hora parado, às 8h20. Imagino que essa concentração de pessoas trabalhando na região central seja a responsável pelo movimento mais intenso, diz.


Essa é uma das causas, mas o Metrô já previa aumento no volume de passageiros após a integração, iniciada no fim do ano passado. A expectativa era de 5% de crescimento. Estamos chegando a 9% e esse número ainda não está estabilizado, diz Tambelli. Ele estima que em 90 dias seja possível avaliar o impacto da integração total. Há um período de acomodação. Vamos esperar esse tempo para sentir a estabilização.


Enquanto isso, a companhia já percebeu que o passageiro da Linha 3 está se espremendo mais nos trens. Os cálculos da empresa apontam que a média no horário de pico é de 8 passageiros por metro quadrado nessa linha – a média no mesmo período do ano passado era de 7,5 pessoas por metro quadrado.


Para os engenheiros, é um número aceitável, o mesmo que um elevador com capacidade para 500 quilos por m2, com cada passageiro pesando 60 quilos. Para o passageiro, significa mudança no padrão de conforto. Fiz uma cirurgia. Não posso arriscar, disse a professora Maria Aparecida Scandinzzi, que esperou meia hora por um trem não superlotado.

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Fonte: O Estado de S. Paulo

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