Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, duas cidades que possuem o título de estâncias turísticas concedidas pelo governo estadual, estão com seus principais projetos de fomento ao turismo parados.
O trem turístico, que deveria passar inicialmente em uma linha férrea que liga os dois municípios, não tem definição de quando será colocada em prática. A reativação de uma antiga linha de bonde em Rio Grande da Serra, prevista para começar a funcionar em maio, adiada depois para agosto, agora não tem mais prazo para virar realidade.
Até mesmo a negociação com a CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos), responsável por autorizar o uso de uma linha desativada em Rio Grande de Serra para o trajeto do bonde, ainda é articulada informalmente. O veículo também não está pronto.
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Encaminhado para o Museu do Imigrante em São Paulo, o bonde está sendo totalmente restaurado. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Sustentável de Rio Grande da Serra, Flávio Lemos, faltam apenas alguns detalhes do acabamento. Mas, quando ele estiver pronto, terá de continuar na Capital, pois não existe no município uma garagem para ele.
Já o trem turístico tem diversos outros entraves que impedem sua implementação. O principal, segundo Fábio Aguiar, um dos militantes deste projeto e ex-superintendente da rede ferroviária federal, é de que a linha férrea por onde ele deverá seguir é utilizada no transporte de cargas. Somente quando a MRS Logística, concessionária que administra o percurso, finalizar a construção de uma esteira para transporte de minérios, haverá possibilidade do assunto voltar a ser discutido.
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