A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) começou tirar do papel projeto que promete ser a solução para os problemas de escoamento da produção da região central do país. Na terça-feira, o órgão lançou edital para contratação de estudo de viabilidade econômica do projeto Brasil Central, que prevê a realização de sete obras. Entre elas, construção de novos ramais de ferrovias e recuperação de rodovias em Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, norte do Paraná, sul do Maranhão e Piauí.
A maioria das obras deverá ser feita por Parceria Público-Privada (PPP). Só a construção de novos ramais da Ferrovia Norte-Sul, carro-chefe do projeto, é calculada em cerca de R$ 4 bilhões. Essa região já produz 12 milhões de toneladas de grãos por ano e está praticamente abandonada. Não existe um plano de logística para a área, diz o diretor da ANTT Gregório Rabêlo, responsável pelo projeto Brasil Central.
A licitação para escolha da empresa que fará o estudo de viabilidade econômica será em 17 de novembro. O preço máximo do estudo é de R$ 1,5 milhão. Vencerá a disputa a empresa que cobrar o menor valor. O projeto Brasil Central reúne em uma mesma iniciativa antigas reivindicações do setor – como a conclusão da rodovia Cuiabá-Santarém – e novas propostas, caso da construção de um novo ramal da Norte-Sul, ligando Lucas do Rio Verde, no coração de Mato Grosso, a Miracema (TO), o que levará a produção do Centro-Oeste ao Porto de Itaqui (MA).
São 900 quilômetros que contornam o Parque do Xingu. Mesmo lançado no fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rabêlo diz acreditar que, qualquer que seja o presidente eleito, o projeto terá continuidade. A não ser que a pessoa que se sentar naquela cadeira não conheça a realidade do País.
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