A MRS está fechando a contratação de um pacote de alta tecnologia para o monitoramento de rolamentos, truques e rodas durante a passagem dos trens. Batizado de Supersite, a instalação é capaz de antecipar anomalias nos vagões e encaminhá-los para manutenção preditiva antes de apresentar defeito e provocar eventuais acidentes.
“Com a densidade de tráfego que estamos alcançando, não podemos nos dar ao luxo de interromper o fluxo de trens porque uma roda quebrou e o vagão descarrilou. Temos que saber o que está acontecendo antes do acidente acontecer”, diz Julio Fontana, presidente da ferrovia.
O Supersite é composto pelo Railbam, um conjunto de sensores acústicos que acusa anomalias nos rolamentos, sucessor do detetor de caixa quente; pelo T/Bogi, que mede o ângulo de ataque e a posição dos rodeiros em tempo real; pelo Wheelspec, que usa laser para checar a o perfil das rodas, e pelo Wheel Condition Monitor, que mede a vibração no trilho e detecta calos e outras imperfeições nas rodas.
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O pacote foi apresentado na Innotrans em Berlim e representa o estado da arte em matéria de monitoramento on-line. É utilizado em combinação com os tags, etiquetas eletrônicas que a MRS está começando a colocar em toda a sua frota para identificar os vagões, truques e rodeiros que registram algum defeito. É produzido por um consórcio de empresas chamado WMA – Wayside Monitoring Alliance, formado pela Vipac Engineers & Scientists, australiana, que faz o Railbam; pela WID – Wayside Inspection Devices, canadense, que faz o T/Bogi; pela Image Map Inc, americana, responsável pelo Wheelspec, e pela Teknis Electronics, australiana, que faz o Wheel Condition Monitor.
O Supersite será implantado no pátio da região de São Vicente de Minas (MG). O projeto está dividido em três etapas. A primeira será realizada ainda este mês, com a implantação do Railbam. Em seguida será finalizada a colocação dos tags, prevista para o primeiro trimestre de 2007. Por último serão instalados o T/Bogi, o Wheelspec e o Wheel Condition Monitor, que deve ocorrer no segundo semestre do próximo ano, de acordo com estimativa da empresa. Esta fase do projeto ainda depende da compra dos equipamentos.
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