A primeira etapa do metrô de Salvador que envolve o trecho Lapa-Acesso Norte será inaugurada em dezembro de 2007. Ontem, em visita aos canteiros da construção, o prefeito João Henrique e o secretário de Transportes e Infra-estrutura, Nestor Duarte garantiram que 65% da obra está pronta e que nada vai impedir a conclusão dessa fase de implantação que irá beneficiar 100 mil passageiros por dia. De acordo com o secretário Nestor Duarte, independentemente do resultado do 2º turno das eleições presidenciais, a finalização da primeira etapa está garantida. “Isso foi possível a partir do convênio assinado em setembro do ano passado pelo presidente Luís Inácio que incluiu o projeto no Programa Piloto de Investimento (PPI). Por estar no PPI, a obra continuará recebendo os recursos necessários”, assegurou.
O prefeito João Henrique afirmou que antes de sua gestão as obras estavam paralisadas e com recursos financeiros insuficientes. “Conseguimos destravar um problema que era político, não técnico, declarou ele, lembrando que a afinidade entre as três esferas do poder poderá facilitar ainda mais a conclusão da obra. “Mesmo que o resultado do 2º turno seja adverso, já temos a assinatura do presidente Lula que cumpre o fornecimento do dinheiro”, completou.
A visita do prefeito e toda a equipe que coordena a implantação do metrô começou na Rótula do Abacaxi, identificada como Acesso Norte e terminou na estação do Campo da Pólvora. Durante a passagem na obra, eles fizeram questão de mostrar à imprensa todo o processo que envolverá a implantação do sistema.
No Acesso Norte faltam apenas, os serviços de revestimento, paredes e pisos, das salas técnicas e operacionais. No Bonocô, estão sendo construídas bases e pilares em concreto, onde serão colocadas travas e vigas. Um fábrica no próprio local fabricará 220 vigas para a construção do elevado. No projeto anterior a obra seria realizada em cima do solo. Segundo Duarte, dos mil trabalhadores contratados para obra, cerca de 600 foram readmitidos.
Na Estação de Brotas, todo o trilho do metrô será construído também em elevado. Em fase inicial, o local está passando pelo processo de terraplanagem, fundações e construção de muro de contenção.
Quem entra na estação do Campo da Pólvora se surpreende com a evolução do trabalho nos últimos meses. Conforme o diretor da obra, Luís Vilar, o local está em processo de acabamento, com a continuação da execução das estruturas de concreto armado e metálica e o prosseguimento dos serviços de impermeabilização e dos trabalhos de arqueologia.
A assinatura do convênio assegura a verba total de R$259 milhões, que será aportada pela União e pelo Bird, até dezembro de 2007, prazo para o término da primeira etapa. De acordo com Nestor Duarte, desde o inicio da construção, no ano de 2000 até hoje foram aportados R$332,2 milhões, equivalentes a US$ 127,8 milhões.
Fiscalização não interfere
O secretário Nestor Duarte disse que a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), não vai interferir no andamento das obras.
“Já entregamos toda a documentação e as respostas do questionário a União e vamos esperar o seu julgamento que deve acontecer até o mês de novembro”, contou.
Duarte relatou que o TCU sempre fez aproximadamente duas fiscalizações na obra por ano. “Em seu projeto original a obra foi realizada por preço global – que independentemente das oscilações do mercado, permanece com o mesmo valor. A nova equipe está fiscalizando seguindo o critério do preço unitário – que confere o preço individual de todos os produtos e equipamentos. Esse critério torna a obra mais dispendiosa. A nossa dificuldade está em passarmos todos esses dados”, justificou.
Apesar de demonstrar que a Prefeitura está disposta a passar informações que provem a regularidade da obra, Duarte critica a nova fiscalização do TCU. Segundo ele, o órgão já fez esse processo, desde o inicio da construção do m
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