A renúncia da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) ao direito de voto e veto inerente às ações ordinárias que possui na MRS Logística abriu caminho para a abertura de capital da concessionária da Malha Sudeste. O presidente da empresa, Júlio Fontana, confirmou que existem estudos. Não existem mais entraves. Isso nos leva a pensar no assunto mais seriamente, disse Fontana. Mas o presidente frisou que a decisão é dos acionistas. No bloco de controle da companhia estão a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Sistema Usiminas e Gerdau Açominas.
A Vale, quando adquiriu a Ferteco Mineração (atual mina Fábrica Nova, localizada em Congonhas, nos Campos das Vertentes) em 2001, ultrapassou o teto de 20% do controle previsto no edital da antiga Malha Sudeste da Rede Feroviária Federal (RFFSA), que determinava direito de voto inerente às ações ordinárias (ON). Por isso, esterelizou as ações. A companhia possui quase 36% das ONs da ferrovia, incluindo outros 17,61%, que herdou indiretamente com a compra da Caemi, em 2003.
Segundo Fontana, a captação, se efetivada, seria voltada ao plano de investimento da MRS, que somam R$ 2,5 bilhões entre este ano e 2010. Somente neste ano serão aplicados R$ 657 milhões na modernização das vias, aquisição de vagões e locomotivas. A abertura de capital seria uma fonte de recursos mais baratos, apesar de não termos problemas de caixa, disse.
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