O diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Arnaldo de Oliveira Barreto, fez um apelo durante o anúncio das novas instalações do Teaçu, na tarde de ontem. Disse, sem citar nomes de empresas, que as concessionárias não investem na manutenção das ferrovias e pediu à Imprensa que cobrasse o cumprimento dessas ações. ´´Se não, vai ocorrer um colapso no porto´´.
Segundo Barreto, enquanto a média mundial é de 15 descarrilamentos de trens por mês, no mês passado o porto registrou 70 episódios desse tipo nos ramais compreendidos dentro do complexo. ´´Isso é um verdadeiro absurdo. Preocupa muito os operadores do porto e os diretores da Codesp´´, afirmou.
A malha férrea no porto é administrada pela América Latina Logística (ALL), que adquiriu o controle da holding Brasil Ferrovias no primeiro semestre deste ano.
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Procurada por A Tribuna, a ALL, por meio de nota, não confirmou nem negou os números apresentados pelo diretor da Autoridade Portuária. Disse que, ao assumir o controle da Portofer (empresa que compõe a holding Brasil Ferrovias e opera o serviço ferroviário na área do porto) em maio deste ano ´´encontrou a malha ferroviária no Porto de Santos em péssimas condições e com baixa manutenção´´.
Divulgou, entre outros pontos, que está fazendo um plano de investimento emergencial que prevê a troca de 20 mil dormentes e 20 mil metros de trilhos. Ainda de acordo com a nota, ´´a gestão da ALL em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, aliada a equipamentos de alta tecnologia utilizados pela empresa, possibilitou a redução de 72% no índice de gravidade em acidentes ferroviários na malha administrada pela ALL´´.
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