Em menos de três décadas, a capacidade de transporte da Estrada Ferro Carajás saltou de 35 milhões de toneladas (Mt), expectativa inicial de transporte da ferrovia em 1985, para 85 milhões anuais, em 2006. Durante esses 21 anos, além de obras preparando a malha para trens de maior capacidade, a Vale adquiriu novos vagões, locomotivas e, principalmente, investiu na formação de equipes para operar com eficiência esse modal tão estratégico para o estado.
A EFC gera um total de 2.987 empregos, entre diretos e indiretos. O Centro de Controle Operacional da EFC, responsável pelo gerenciamento das rotas dos 40 trens que circulam diariamente na ferrovia Carajás, fica na unidade da Vale em São Luís, no Maranhão.
Em 1985, ano em que a ferrovia começou a operar, a Vale utilizava trens com 160 vagões. Em 1988, operava trens com 180 vagões. Já em 1991, eram 200. Em julho de 1994, chegava a 202 vagões, cada um com capacidade de 30,5 toneladas por eixo. Em 2002, com a chegada de locomotivas mais potentes, a cada ano a Vale passou a adicionar 2 vagões nas composições, chegando a um modelo final com 208 vagões, utilizado pela empresa hoje, capaz de transportar até 85 milhões de toneladas por ano.
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Segurança
A boa performance da ferrovia é resultado de investimentos em dispositivos de segurança e na aquisição e substituição de trilhos, visando à manutenção e segurança da malha ferroviária. Até setembro, foram investidos US$ 31,7 milhões – sendo US$ 25,2 milhões em manutenção e US$ 6,5 milhões em segurança operacional dos vagões. A CVRD chegou ao final de setembro com 9.723 vagões e 155 locomotivas.
Com a realização das obras nos pátios de manobra da ferrovia, a empresa reforçou a segurança nas passagens ao longo da linha. ?Alguns bloqueios foram feitos para aumentar ainda mais a segurança daqueles que convivem com a ferrovia. Em cada mudança, convidamos os moradores para chegarmos à melhor alternativa?, afirma Adriano Pimenta Veloso dos Anjos, coordenador executivo das obras da ferrovia.
Ainda para evitar que ocorram acidentes, a Vale mantém rondas motorizadas permanentes ao longo da linha. O objetivo é antever situações de perigo ao longo da linha, como a permanência de pessoas alcoolizadas na ferrovia, viagens clandestinas em vagões de minério, entre outras situações críticas. De dezembro de 2005 a outubro deste ano, foram retiradas 2.594 pessoas em situações de risco na ferrovia. Para esse trabalho, a Vale dispõe de nove motos, cinco picapes e 154 seguranças e vigilantes ao longo da linha.
A CVRD realiza ainda palestras com familiares e visita bares, monitorando ainda a saída de algumas festas ao longo da ferrovia, para evitar acidentes. Distribui também folders e folhetos nas comunidades para elevar a conscientização. Este ano, mais de 400 mil pessoas foram beneficiadas e envolvidas em ações sociais com foco em segurança, como os projetos Olha o Trem, Educação nos Trilhos e Cinema nos Trilhos.
A ferrovia
A Estrada de Ferro Carajás localiza-se entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, percorrendo os estados do Maranhão e Pará. São características da EFC:
892 km em linha singela (única);
Bitola de 1,60 m (distância interna entre os trilhos);
56 pátios de cruzamento;
73% de sua extensão
em linha reta;
27% de sua extensão
em curva;
347 curvas;
62 pontes e viadutos
Vale inicia testes com trens maiores
Para continuar transportando o volume de minério de ferro produzido em Carajás, no Pará, e assim atender à crescente demanda mundial pelo produto, a Vale já iniciou testes com trens de grande porte, com 312 vagões. Até o momento, foram realizados três testes com sucesso.
O primeiro partiu dia 19 de outubro de Açailândia, no Maranhão, para Carajás, no Pará; o segundo, dia 21 de novembro, saiu de Carajás com destino ao porto de Ponta da Madeira, em São Luís; e
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