Três estações do metrô – Barra Funda, Marechal Deodoro e Santa Cecília – tiveram de ser evacuadas nesta quinta-feira, em plena hora de pico, por causa de uma suspeita de bomba. Os seguranças do metrô encontraram uma sacola abandonada com várias caixas dentro na plataforma 2 da estação Santa Cecília, em direção a Itaquera. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamado, mas não encontrou artefatos explosivos. Para a empresa, foi apenas uma brincadeira de mal gosto.
Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, a entrada de passageiros e a circulação dos trens foram suspensas por precaução. As estações ficaram fechadas das 18h20m às 18h41m, causando tumulto na volta para a casa. Segundo uma passageira, a Estação Sé, que faz a interligação das linhas leste-oeste com norte-sul, ficou completamente lotada. O Metrô explicou que os trens conseguiam chegar até a estação República e voltar para a zona leste, com a ajuda de um equipamento de mudança de via que existe desde antes da inauguração das estações Santa Cecília, Marechal Deodoro e Barra Funda.
Nesta semana, o adolescente Willian Costa da Silva, de 16 anos, morreu depois de uma explosão em um vagão da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ele teve 75% do corpo queimado. Os serviços de inteligência da polícia prometeram colocar policiais à paisana no metrô e nos trens da CPTM para investigar o caso. No último sábado, ocorreu uma outra explosão em um trem do metrô, mas ninguém ficou ferido.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O artefato explodiu às 8h40m entre as estações Ana Rosa e Chácara Klabin do metrô, e abriu um buraco no chão do vagão. A polícia acredita que o criminoso tenha amarrado explosivos em um extintor de incêndio que estava preso sob um dos bancos e suspeita de que tenha sido um ambulante ou uma pessoa demitida, já que o autor do crime teve a preocupação de não machucar os passageiros.
– A pessoa que colocou a bomba esperou uma oportunidade. Escolheu a linha mais tranqüila e num horário em que o movimento é muito baixo. Provavelmente não queria machucar – disse o delegado Naief Saad Neto, que investiga a explosão no metrô.
A explosão no trem da CPTM atingiu apenas o estudante Willian Costa da Silva. Segundo o pai do adolescente, José Irabel da Silva, 40 anos, outros dois passageiros desceram do vagão explodido na Estação Sagrado Coração, uma parada antes da Estação Engenheiro Cardoso, onde ocorreu a explosão. Silva suspeita que a dupla possa estar envolvida no incidente.
Seja o primeiro a comentar