O presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo, defende a implantação do traçado original que prevê a ligação ferroviária entre Cuiabá e Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá), passando por Santo Antônio de Leverger, com algumas alterações.
“Elaboramos uma nova proposta de traçado que irá garantir a aproximação dos municípios de Jaciara e Juscimeira [ao Sul de Cuiabá] dos trilhos da ferrovia e, ao mesmo tempo, afastar os trilhos em mais de 20 quilômetros da reserva indígena Teresa Cristina”, explica Vuolo.
O corte da reserva pelos trilhos da ferrovia era um dos empecilhos à aprovação do antigo traçado. “Com esta alteração, vamos solucionar a questão ambiental dentro da reserva indígena e viabilizar a aprovação do EIA/Rima”, acredita.
A nova proposta amplia em cerca de 70 quilômetros o trajeto entre Rondonópolis e Cuiabá, “mas passa por áreas de produção, agregando o desenvolvimento de pequenos municípios como São Pedro e São Lourenço de Fátima (também ao Sul de Cuiabá), além de deixar a ferrovia mais próxima de pólos produtores como Campo Verde (139 quilômetros ao Sul de Cuiabá) e Primavera do Leste (239 quilômetros ao Centro Leste de Cuiabá)”.
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Vuolo disse não compreender a ferrovia sem passar por Cuiabá. “O nosso compromisso é de que os trilhos cheguem a nossa Capital e, a partir daí, sigam o seu trajeto para Porto Velho (RO) e Santarém (PA) e cumpram o seu grande objetivo, que é o de promover a ocupação e integração da região amazônica com a região Centro-Sul do país”.
A construção da Ferrovia Senador Vuolo – um projeto de mais de 30 anos – tem um custo estimado em cerca de R$ 500 milhões apenas no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá. Só para a realização do EIA/Rima são necessários mais R$ 2 milhões. Os trilhos estão parados em Alto Araguaia (426 quilômetros ao Sul de Cuiabá) desde 2002 e podem chegar a Cuiabá num período de cinco a 10 anos, se não faltarem recursos para tocar a obra.
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